Jornal Estado de Minas

RIO DE JANEIRO

Bolsonaro é elogiado por comandante do Exército durante evento militar

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou na manhã deste sábado (26/11) da "Cerimônia de Entrega de Espadas aos Aspirantes a Oficial da Turma Bicentenário da Independência do Brasil" na sede da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) em Resende, no Rio de Janeiro. Este foi o primeiro compromisso aberto com a presença do chefe do Executivo desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições de 2022.





 

A cerimônia não teve nenhum discurso de Bolsonaro, e somente três pessoas foram ao púlpito: o comandante da Aman, general de Brigada João Felipe Dias Alves; o arcebispo ordinário militar do Brasil, Dom Marcone Vinícius Ferreira; e o comandante do Exército Brasileiro, general Freire Gomes, que elogiou o chefe do Executivo nacional.

 

"Permitam-me abrir estas breves palavras agradecendo o presidente da República, Bolsonaro, por sua presença, que muito brilho empresta a este evento. Estou seguro que de que sua dignidade, seu culto à família, seu amor ao Brasil e inabalável fé em Deus serão referência na pavimentação do caminho que os jovens a sua frente trilharão a partir de hoje. Muito obrigado, presidente", declarou.

 

Ao todo, se formaram 395 cadetes, sendo 131 de Infantaria; 56 de Cavalaria; 57 de Artilharia; 42 de Engenharia; 47 de Intendência; 33 de Comunicações; e 29 de Material Bélico.

Nem deu bola

 

 

Durante o evento, Bolsonaro deixou o seu vice, Hamilton Mourão (Republicanos), sem resposta. No vídeo, é possível ver que o senador eleito pelo Rio Grande do Sul tenta falar com Bolsonaro em dois momentos. No primeiro, o presidente se vira, mas fica calado, e, no segundo, ignora Mourão por completo, sem nem mesmo olhar para ele.





Depois do dia 30 de outubro, quando ocorreu o pleito, as outras duas únicas aparições de Bolsonaro tinham sido em um discurso, feito dois dias após o resultado das urnas, e em um vídeo publicado nas suas redes sociais. Assim como acontece em outros quartéis espalhados pelo Brasil, o local onde o evento da Aman foi realizado reuniu apoiadores do presidente, que questionam o resultado das urnas e pedem a intervenção das Forças Armadas.