"O que aconteceu com meu pai e Flora no dia do jogo do Brasil no Catar, onde foram agredidos verbalmente por um bolsonarista violento é assustador", disse em suas redes sociais.
De acordo com Preta, ela e o pai pensam parecido a respeito de conviver com o diferente. "Estamos acostumados, e mais que isso, tentamos de forma muito civilizada essa convivência sem nos sentirmos ameaçados e tão pouco ameaçar", declarou.
A cantora ressaltou que, para ela, nem todo eleitor de Bolsonaro é uma escória da humanidade, mas que o autor do ataque é. "O que ele fez com meu pai foi tão agressivo, tão nojento, tão violento, que devemos sim nos revoltar. O bolsonarismo mata e fere, isso tem que acabar".
Gil caminhava com a esposa, Flora Gil, para deixar o estádio, quando foi perseguido e ofendido. No vídeo, é possível ver o momento no qual o casal é abordado por dois homens, um deles trajado com a camisa do Brasil (o outro é quem filma e não aparece no conteúdo), e ouvir frases como "Vamo, Lei Rouanet", em referência à lei de incentivo a projetos culturais, e "Vamo, Bolsonaro". Há também um xingamento ao músico, que apoiou Luiz Inácio Lula da Silva na última eleição presidencial.
Gil responde ataques
O cantor, de 80 anos, se manifestou dizendo que "os inconformados estão querendo manter essa coisa do ódio, da agressividade". Segundo Gil, este momento poderia ser chamado de "terceiro turno" das eleições.
"Obrigado a todos pela corrente de solidariedade, aos amigos que ligaram e se manifestaram nas redes sociais. Amanhã estaremos torcendo pela seleção brasileira e por um Brasil sem ódio", publicou em sua página no Twitter.
Obrigado a todos pela corrente de solidariedade, aos amigos que ligaram e se manifestaram nas redes sociais. Amanhã estaremos torcendo pela seleção brasileira e por um Brasil sem ódio #GilbertoGil @Floragil2222 pic.twitter.com/Cr8iAFzvxN
%u2014 Gilberto Gil (@gilbertogil) November 27, 2022