Os correligionários de Lira ainda demonstram resistência em embarcar no novo governo devido à sua composição com o Partido Liberal e apoio a Bolsonaro. A costura contou com alguns pontos de tensionamento, como a participação do PT na mesa diretora e a disputada por comissões. O parlamentar alagoano já havia prometido ao PL e ao União Brasil que eles revezariam a comissão de Constituição e Justiça no próximo biênio.
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Dentro do PT alguns parlamentares querem apoiar Lira desde que isso garanta força na mesa diretora. Outros não veem o apoio a um dos principais nomes da atual gestão com bons olhos.
Deputado Federal José Guimarães (PT-CE) reforçou que amanhã o partido deve declarar apoio ao atual presidente da Câmara dos Deputados. "Governabilidade é o interesse do governo", justificou.
O PT deve formar uma aliança com PV, PCdoB, PSB, PSOL e Rede. Ainda podem participar deste bloco do governo integrantes do União Brasil, PSD e MDB, a depender das conversas que terão com o presidente eleito.
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Ao longo da campanha eleitoral, Lula criticou o uso do chamado Orçamento Secreto usado em negociações entre o governo Bolsonaro e a casa. O presidente também defendeu que essas verbas sejam regulamentadas, o que dará maior controle ao Executivo sobre o orlamento. No momento, buscando aprovar a PEC de Transição, a expectativa é que esse tema não entre em pauta.