O governo de Minas Gerais, comandado por Romeu Zema (Novo), e a equipe de transição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terão nesta terça-feira (29) um primeiro contato para tratar de projetos no estado.
O secretário estadual de Infraestrutura, Fernando Marcato, deve se reunir na sede do governo de transição, em Brasília, com o coordenador do grupo que trata do tema, o senador Alexandre Silveira (PSD-MG).
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"Queremos que o governo de transição tome pé de tudo, porque o estado de Minas tem esses projetos como prioritários para trazer investimentos e melhorar a qualidade do serviço público", afirma Marcato. Apenas no caso do metrô, a estimativa é de investimento de R$ 8 bilhões num prazo de 30 anos, na manutenção e expansão da rede.
Nos últimos dias, representantes influentes da coligação vitoriosa de Lula, como o deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP) e o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) defenderam que o leilão do metrô seja ao menos adiado.
Marcato diz que mudanças neste momento mandariam um sinal ruim para o mercado, e afirma confiar no apoio de integrantes do entorno do presidente eleito que são entusiastas do modelo de concessão. "O próprio vice-presidente Geraldo Alckmin, quando governador de São Paulo, fez concessões de linhas de metrô. A lei das PPPs foi redigida pelo Fernando Haddad", afirma.
Desde a vitória de Lula, Zema, que foi um dos principais cabos eleitorais de Bolsonaro no país, tem feito acenos ao presidente eleito. Para o secretário, os gestos de aproximação são naturais. "Acabou a eleição. No dia seguinte que acaba, a gente trabalha junto", diz.