No governo de transição, o Grupo Técnico (GT) do Desenvolvimento Regional tem uma demanda urgente para janeiro de 2023: a prevenção de desastres. O GT e as frentes responsáveis pelo assunto - incluindo o ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira - concluíram que não há planejamento do governo federal para contingência de desastres.
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Os dados do ministério verificados pelos membros do comitê indicam que uma boa parte do orçamento foi desfalcada para as emendas de relator, conhecido como orçamento secreto. "O dinheiro está deslocado, não está alocado nos fundos constitucionais, nas obras hídricas, nas obras de revitalização, na política habitacional. Precisamos fazer realocações orçamentárias nessas áreas", explicou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
De acordo com Naiane Araújo, meteorologista do Inmet, a atenção não deve ser medida somente pelo volume de água, mas pela persistência de chuvas por longos períodos.
"Nessa época, mesmo de forma isolada, a chuva pode causar transtorno. Tem cidade que não há preparação para chuvas. Em um dia 100 mm já pode causar sérios danos. Quanto mais metropolitana a cidade, quanto mais crescem desordenadamente, mais cuidado requer . Se em um dia só já é preocupante, imagina com um cenário em três, quatro dias", explicou a especialista.
O ministério do Desenvolvimento Regional informou ao Correio Braziliense que, por meio do Centro Nacional de Gerenciamento de Risco e Desastres (Cenad), realiza monitoramento 24 horas sobre possíveis desastres em áreas de risco, mas a orientação da população e medidas de contingenciamento cabe a outros órgãos.