Entre os pontos defendidos pelo movimento está a valorização da agricultura familiar sobre as demais formas de produção rural.
"O latifúndio é antissocial e deve ser banido e o agronegócio precisa assumir sua responsabilidade socioambiental, adequar-se às necessidades da sociedade, pagar impostos, parar de usar agrotóxicos e dar condições de dignidade aos seus trabalhadores", diz o documento, chamado de Carta do MST ao Povo Brasileiro.
O movimento não menciona explicitamente as ações de invasão de propriedades, ponto mais criticado de sua atuação. A menção a este ponto é feita de forma indireta. "Nossa missão maior é seguir organizando o povo, para que lute por seus direitos, consagrados na Constituinte de 1988, pois sabemos que sem mobilização popular não haverá nenhuma mudança verdadeira no país".
Aliado de Lula, o movimento pede que ele atue para combater a fome e reduzir as desigualdades no país, além de investir em educação e saúde e combater a discriminação e o desmatamento. O MST propõe ainda um programa governamental de distribuição de máquinas agrícolas para a agricultura familiar.
Como mostrou a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o movimento defende a recriação de um ministério sobre terras, alimentação e agricultura familiar no governo Lula.