O vice-presidente eleito e coordenador da transição do novo governo de Luiz Inácio da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB), afirmou na noite deste domingo (4/11) que o Ministério da Saúde vai precisar de R$ 22 bilhões a mais do que os R$ 162,8 bilhões previstos.
De acordo com o também médico e ex-governador de São Paulo, a pasta não tem recursos para o programa Farmácia Popular e se preocupa com a remuneração de funcionários do Sistema Único de Saúde (SUS).
“A reunião não foi sobre orçamento, mas os números mostram que nós precisaríamos de R$ 22 bilhões a mais do que está previsto. Não tem recurso para a Farmácia Popular. Quem tem doença crônica, precisa tomar remédio", afirmou Alckmin.
"A remuneração do SUS é preciso verificar os casos mais graves. Outra prioridade do governo Lula é zerar a fila que se formou durante a pandemia. A ideia é fazer um mutirão, se precisar, contratar a iniciativa privada, para realizar exames e cirurgias”, complementou.
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Além disso, o vice ressaltou que a vacinação será uma prioridade no próximo governo e que ainda na transição será iniciado um trabalho de conhecimento. “É fundamental, nas primeiras medidas, fazer uma campanha de conscientização da importância da vacina”.
A coletiva de Alckmin foi realizada após uma reunião com médicos que fazem parte da transição da Saúde. De acordo com o vice de Lula, mesmo quando houver a definição do novo ministro os especialistas do grupo continuarão fazendo parte da pasta, aconselhando e opinando nos desafios que surgirão no futuro.