Junia Oliveira - Especial para o EM
Na bolsa de apostas sobre a composição do primeiro escalão do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um dos principais ministérios, o da Educação (MEC), está no alto das cotações. A identidade do futuro chefe da pasta ainda é desconhecida, mas seu perfil está posto na mesa: habilidoso, com capacidade de gestão, forte o suficiente para disputar orçamento e dono de visão estratégica.
Três nomes aparecem na dianteira, segundo pessoas ligadas à nova gestão petista e especialistas da área. No topo da lista está a governadora do Ceará, Izolda Cela, seguida pelo mineiro Reginaldo Lopes (PT). São Paulo corre em paralelo, com o superintendente-executivo do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques.
Três nomes aparecem na dianteira, segundo pessoas ligadas à nova gestão petista e especialistas da área. No topo da lista está a governadora do Ceará, Izolda Cela, seguida pelo mineiro Reginaldo Lopes (PT). São Paulo corre em paralelo, com o superintendente-executivo do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques.
Independentemente de quem irá ocupar uma das cadeiras mais importantes da Esplanada dos Ministérios, um ponto é consenso: o futuro número um do MEC deverá ter conhecimento técnico, força política e um time de peso no primeiro e segundo escalões. Resta saber se algum dos três encampará essas características aos olhos do presidente Lula, ou se ele dará a vez a alguém de fora desse xadrez.
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‘Dívida’
Mineiro de Bom Sucesso, no Centro-Oeste do estado, Reginaldo Lopes ocupa cadeira de deputado federal desde 2003 pelo PT. Economista de formação, pesa a seu favor uma espécie de “dívida” que não só o PT, mas o próprio Lula tem com ele pela sua participação na campanha presidencial. Lopes abriu mão de sua candidatura ao Senado para abrir caminho à reeleição de Alexandre Silveira e favorecer, assim, a coligação com o PSD de Alexandre Kalil, ex-prefeito de Belo Horizonte que perdeu as eleições para o governo de Minas para Romeu Zema (Novo), reeleito no primeiro turno.
Aliás, vão para Reginaldo Lopes, coordenador da campanha petista em Minas, os louros da batalha encampada para barrar o avanço de Jair Bolsonaro em terras mineiras no segundo turno e para bloquear as estratégias de Zema em favor do candidato à reeleição ao Planalto. Foi ele ainda o representante do PT na sabatina promovida pelo Todos pela Educação e a Folha sobre as propostas dos principais candidatos para essa área.
“O Reginaldo quer (o ministério), tem boa vontade. A Izolda entende de educação, mas o problema é que ela não entende de ensino superior”, afirma uma fonte ouvida pelo Estado de Minas, que já integrou o alto escalão do MEC. Outros acham que a questão do ensino superior seria facilmente resolvida com uma equipe técnica de primeira. “Não há outro nome além do dela que contemple todas as características que o futuro ministro ou ministra deve ter. Além disso, o Brasil só teve ministra da Educação na época da ditadura”, diz outra fonte ligada ao futuro governo.
Já Henriques conta com a apreciação e a amizade de Fernando Haddad (ex-ministro da Educação no primeiro governo Lula e cotado para assumir o Ministério da Fazenda), de quem foi secretário nacional de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.