A eleição da chapa que define os membros da Mesa Diretora para o mandato de dois anos - biênio 2023/2024 - em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, nessa terça-feira (6/12), escolheu como presidente da Câmara Municipal e futuro prefeito interino o vereador Edson Agostinho - Leitão - (Cidadania). Com a posse marcada para 1° de Janeiro, a cidade terá, desde 2020, o terceiro ocupante da cadeira do Executivo. Enquanto isso, o registro da candidatura do prefeito eleito, Celso Cota, ainda tramita na Justiça.
O pleito da Mesa Diretora foi feito por uma chapa única e os vereadores que venceram por unanimidade. A Mesa Diretora eleita é composta pelo presidente Edson Agostinho - Leitão (Cidadania); vice-presidente Fernando Sampaio (PSB); primeiro-secretário, Manoel Douglas - Preto (PV); e segundo-secretário, José Antunes Vieira - Zezinho Salete (MDB).
Dessa forma, a dança das cadeiras no Legislativo vai atingir o Executivo e o atual prefeito interino da cidade histórica, Ronaldo Bento (PSB) deixará, após seis meses de mandato, o cargo de prefeito interino e ceder ao presidente eleito, Edson Agostinho, a liderança no Executivo durante dois anos ou até que novas decisões sobre a eleições municipais sejam tomadas.
"Conto com o apoio de todos, porque eu não ganho eleição sozinho. A Câmara não é governada pelo presidente, a Câmara é governada pelos seus membros. Então conto com o apoio de vocês e agradeço" disse o prefeito interino eleito.
Terceiro prefeito
Desde a eleição de 2020, o Executivo de Mariana passará pelas mãos de três prefeitos diferentes. O mandato do ex-prefeito interino Juliano Gonçalves (Cidadania) iniciou em janeiro de 2021 e terminou em junho de 2022. Gonçalves foi afastado do cargo após o julgamento na sessão ordinária jurisdicional do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em que os ministros decidiram por unanimidade acolher o recurso especial feito pelo embargante Celso Cota Neto (MDB).
Quem assumiu o cargo interino de prefeito de Mariana foi o vereador Ronaldo Alves Bento (PSB), que era o candidato a vice-presidente da Câmara Municipal na chapa que deu a vitória da presidência a Juliano Gonçalves.
Sobre o julgamento
O julgamento de Celso Cota tem se tornado uma novela em Mariana. A Corte Eleitoral Mineira julgou e confirmou, novamente, o indeferimento do registro da candidatura, por cinco votos a um, em outubro desse ano. Assim, os direitos políticos de Cota ficaram suspensos em razão de condenação por improbidade administrativa e por não preencher as condições de elegibilidade previstas na Constituição Federal.
Com a decisão, foi determinada ainda a realização de novas eleições para prefeito e vice no município, em data a ser definida pelo TRE-MG. Celso Cota recorreu da decisão.