Jornal Estado de Minas

TRANSIÇÃO DE GOVERNO

GT de Educação diz que cortes podem prejudicar compra de livros em 2023

O Grupo Técnico de Educação do Gabinete de Transição disse que os cortes na Educação feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) podem afetar a compra de materiais escolares do próximo ano. 





De acordo com o ex-ministro da Educação Henrique Paim, um dos coordenadores do grupo técnico, os limites financeiros e orçamentários dificultam a compra dos livros didáticos e isso pode atrasar a entrega. A informação foi repassada em coletiva de imprensa, nessa terça-feira (6/12). 

Caso a situação não seja revertida, Paim disse que todas as escolas de educação básica do Brasil podem sofrer com atrasos na entrega do material escolar.

"Toda aquela despesa de pagamento imediato, nós vamos ter dificuldade na execução. O limite orçamentário, dando um exemplo muito objetivo para vocês, pode gerar uma situação, no caso do livro didático, onde nós não teremos o empenho e a contratação dos livros didáticos, se não houver a liberação do limite orçamentário. O que pode, no ano que vem, implicar no atraso da entrega dos livros didáticos nas escolas de educação básica de todo o Brasil. Então, é uma situação difícil, que precisa ser enfrentada. Nós estamos levantando todos os pontos", declarou o ex-ministro.




 
 

Dificuldades no SISU, Prouni e FIES 


Ainda segundo Paim, O GT identificou na educação diversas dificuldades com os cortes orçamentários, como problemas de contratos que envolvem o funcionamento do SISU (Sistema de Seleção Unificada), FIES (Fundo de Financiamento Estudantil) e o ProUni (Programa Universidade para Todos), que dependem dos serviços logo no mês de janeiro. 

O gabinete de transição teme que as restrições orçamentárias afetem o sistema de preenchimento de vagas nas universidades.

O coordenador dos Grupos Temáticos da transição, Aloizio Mercadante, opinou a respeito da situação, afirmando que a Educação é uma das áreas mais afetadas. "O Governo Bolsonaro quebrou o Estado brasileiro e a educação, talvez seja a herança social mais pesada que nós temos neste momento. É um quadro realmente preocupante".