O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), que assumiu o cargo em março deste ano após a renúncia do correligionário Alexandre Kalil, se tornou alvo de uma representação de impeachment por nepotismo nesta quarta-feira (7/12), a cinco dias da eleição para a Presidência da Câmara Municipal, que tem dividido a casa.
O pedido foi feito pelo advogado Mariel Márley Marra (PP), com leitura da representação pela atual presidente da casa parlamentar, Nely Aquino (Podemos), que "vislumbrou a existência de elementos mínimos" para a deliberação do recebimento pelo Plenário.
Conforme o documento, ao qual a reportagem do Estado de Minas teve acesso, Marra pediu a verificação de infração político-administrativa praticada pelo chefe do Executivo municipal por ter indicado parentes de alguns vereadores para cargos comissionados.
Entre as denúncias, está a nomeação de um sobrinho e um genro de Marilda Portela (Cidadania) e uma cunhada de Walter Tosta (PL).
Disputa pela presidência
O pedido acontece em meio a disputa pela presidência da Câmara Municipal, que será realizado na próxima segunda-feira (12/12). Enquanto Fuad quer emplacar Bruno Miranda (PDT) ou o Professor Claudiney Dulim (Avante), o deputado federal Marcelo Aro (PP) se movimenta para eleger o Professor Juliano Lopes (Agir).
Cada um busca o apoio de 21 dos 41 vereadores para vencer a disputa. O quarto e último candidato, que se coloca como independente, é Gabriel Azevedo (sem partido), que conta com o apoio de oito colegas e tem conversado com ambos os lados.