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Lula sobre Forças Armadas: 'Não foram feitas para fazer política'

Fala ocorreu durante cerimônia, na manhã desta sexta-feira (9/12), enquanto presidente eleito nomeava os cinco primeiros ministros do governo


09/12/2022 12:36 - atualizado 09/12/2022 12:51

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, na manhã desta sexta-feira (9/12), que “as Forças Armadas não foram feitas para fazer política e nem ter candidato”. A fala ocorreu na cerimônia em que o petista anunciou os cinco primeiro ministros do governo, que entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2023.

Segundo Lula, as Forças Armadas têm um papel importante e constitucional de cuidar da soberania do Brasil e defender o povo brasileiro de possíveis e eventuais inimigos externos. 

“Quem quiser ser candidato, se aposente e se torne candidato. Mas, as pessoas ativas das forças armadas têm uma missão nobre, que é cuidar da segurança de 215 milhões de brasileiros, de cuidar das nossas fronteiras e de cuidar, eu diria, da nossa soberania”, completou o presidente eleito. 

Durante o discurso, Lula também anunciou que José Múcio Monteiro, ex-ministro do Tribunal de Contas (TCU), será o ministro da Defesa. O presidente eleito retomou a tradição quebrada durante os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) e volta a colocar um civil no comando da pasta da Defesa. 

Os comandantes das Forças Armadas já tinham sido definidas pelo petista e por Múcio, são eles: 
  • Exército: general Julio Cesar de Arruda, atual chefe do Departamento de Engenharia e construção. É o mais antigo da tropa;
  • Marinha: almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, atual comandante de Operações Navais da Marinha;
  • Aeronáutica: tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, atual chefe do estado-maior da Aeronáutica;
  • Comandante do Estado-maior das Forças Armadas: almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, atual chefe do estado-maior da Marinha.

Primeiros ministros do governo Lula são anunciados

Na manhã de hoje, além de Múcio, Lula nomeou quatro  ministros, no CCBB, sede do governo de transição. O ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad ficará responsável pelo Ministério da Fazenda, o ex-governador do Maranhão Flávio Dino vai ocupar o Ministério da Justiça, o governador da Bahia Rui Costa será ministro da Casa Civil e o embaixador Mauro Vieira chefiará o Ministério das Relações Exteriores. 
 
O presidente eleito pretendia escalar os seus ministros apenas depois da diplomação, marcada para próxima segunda-feira (12/12), mas mudou de ideia, justificando que existe muita especulação em torno dos nomes. Com os anúncios, o petista espera distensionar a relação com as Forças Armadas, um dos núcleos que mais gerou impasse na transição. 

Ao contrário das demais áreas, não houve uma equipe temática da Defesa para tratar da transição, e a tarefa ficará a cargo de Múcio e os novos comandantes escolhidos. 
 
Na foto, Lula fala em microfone na cerimônia desta sexta-feira (9/12), no CCBB, sede do governo de transição
Durante o discurso, Lula também anunciou que José Múcio Monteiro, ex-ministro do Tribunal de Contas (TCU), será o ministro da Defesa (foto: Reprodução/Youtube/Lula)
 


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