Segundo Lula, as Forças Armadas têm um papel importante e constitucional de cuidar da soberania do Brasil e defender o povo brasileiro de possíveis e eventuais inimigos externos.
“Quem quiser ser candidato, se aposente e se torne candidato. Mas, as pessoas ativas das forças armadas têm uma missão nobre, que é cuidar da segurança de 215 milhões de brasileiros, de cuidar das nossas fronteiras e de cuidar, eu diria, da nossa soberania”, completou o presidente eleito.
Durante o discurso, Lula também anunciou que José Múcio Monteiro, ex-ministro do Tribunal de Contas (TCU), será o ministro da Defesa. O presidente eleito retomou a tradição quebrada durante os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) e volta a colocar um civil no comando da pasta da Defesa.
Os comandantes das Forças Armadas já tinham sido definidas pelo petista e por Múcio, são eles:
- Exército: general Julio Cesar de Arruda, atual chefe do Departamento de Engenharia e construção. É o mais antigo da tropa;
- Marinha: almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, atual comandante de Operações Navais da Marinha;
- Aeronáutica: tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, atual chefe do estado-maior da Aeronáutica;
- Comandante do Estado-maior das Forças Armadas: almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, atual chefe do estado-maior da Marinha.
Primeiros ministros do governo Lula são anunciados
Na manhã de hoje, além de Múcio, Lula nomeou quatro ministros, no CCBB, sede do governo de transição. O ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad ficará responsável pelo Ministério da Fazenda, o ex-governador do Maranhão Flávio Dino vai ocupar o Ministério da Justiça, o governador da Bahia Rui Costa será ministro da Casa Civil e o embaixador Mauro Vieira chefiará o Ministério das Relações Exteriores.
O presidente eleito pretendia escalar os seus ministros apenas depois da diplomação, marcada para próxima segunda-feira (12/12), mas mudou de ideia, justificando que existe muita especulação em torno dos nomes. Com os anúncios, o petista espera distensionar a relação com as Forças Armadas, um dos núcleos que mais gerou impasse na transição.
Ao contrário das demais áreas, não houve uma equipe temática da Defesa para tratar da transição, e a tarefa ficará a cargo de Múcio e os novos comandantes escolhidos.