Jornal Estado de Minas

QUEBRA DO SILÊNCIO

'Forças Armadas são último obstáculo para o socialismo', diz Bolsonaro

 

Em conversa com apoiadores nesta sexta-feira (9/12), o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que as Forças Armadas são o "último obstáculo para o socialismo", em referência ao futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).




 
Durante toda a campanha eleitoral, Bolsonaro acusou Lula de ter um projeto de instaurar um regime 'socialista' no país, o que nunca foi dito pelo petista. 

A fala de Bolsonaro foi a primeira declaração pública a apoiadores após a derrota nas eleições. Próximo ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que tem certeza de que as Forças Armadas estão "unidas".

"As Forças Armadas são o último obstáculo para o socialismo. Tenho certeza que estão unidas. Devem lealdade ao povo e respeito à Constituição. E são um dos grandes responsáveis pela nossa liberdade", disse Bolsonaro a apoiadores.

Bolsonaro voltou a ressaltar que a "liberdade é mais importante do que a própria vida". 
 
 
 

Contestação das eleições


Desde o dia 31 de outubro, bolsonaristas que não aceitam a vitória do presidente eleito Lula contestam o resultado das eleições e chegaram a pedir que Bolsonaro impedisse que o petista tomasse posse. 





De lá para cá, apoiadores do presidente fizeram diversas manifestações em frente a quartéis, acamparam em vários pontos do Brasil, e até mesmo obstruíram rodovias como forma de manifestação, a pedido de uma intervenção militar. 

O PL, partido do presidente, chegou a instigar os atos ao fazer questionamentos sobre o resultado das eleições. Na ocasião, a sigla apresentou uma ação em que pedia a anulação dos votos de 279.336 urnas eletrônicas.

Diante do fato, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, multou o PL em quase R$ 23 milhões por litigância de má-fé por causa de pedido feito pela legenda para invalidar parte dos votos depositados nas urnas no segundo turno. 

Eleições

 
Lula foi eleito presidente do Brasil com 60.341.333 votos, o equivalente a 50,9% dos válidos. No dia 1º de janeiro de 2023, ele assume o terceiro mandato não consecutivo à frente do Palácio do Planalto.