A PF negou a narrativa veiculada pelos grupos bolsonaristas por meio de nota publicada nas redes sociais. A corporação afirma que “o preso encontra-se acompanhado de advogados e todas as formalidades relativas à prisão estão sendo adotadas nos termos da legislação, resguardando-se a integridade física e moral do detido”.
A corporação também afirmou que os “distúrbios verificados nas imediações do edifício-sede da PF estão sendo contidos com o apoio de outras forças de Segurança Pública do Distrito Federal (PMDF, CBMDF e PCDF)”.
Nas redes sociais, os manifestantes afirmam que o cacique foi preso e agredido. Algumas narrativas afirmam, também, que o “filho de 10 anos dele foi sequestrado”. “Segundo relatos, que o índio teria sido agredido e levado desacordado pela polícia”, escreveu um perfil bolsonarista no Twitter.
Entenda o caso
Um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou em confronto com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), na noite desta segunda-feira (12/12), ao lado da sede da Polícia Federal (PF), na Asa Norte, no centro de Brasília.
O confronto começou após a Polícia Federal prender o cacique Serere Xavante, apoiador de Bolsonaro, após pedido da Procuradoria-Geral da República e de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O cacique faz parte do grupo de indígenas que invadiu a sala de embarque do Aeroporto Internacional de Brasília no último dia 2 de dezembro.
A reportagem do Correio Braziliense esteve no local e flagrou um homem arrancando uma lixeira enquanto o confronto ocorria no fim da rua. De longe, era possível observar focos de incêndio em diversas vias no centro da capital. Em meio à confusão, três carros da Polícia Militar chegaram para conter a situação.
Em um dado momento, alguns manifestantes fecharam a Via N2 (em ligação com a W3) e tentaram impedir que os veículos seguissem no sentido Esplanada dos Ministérios. No fim da rua, é possível ver pontos com fogo e pneus no meio da pista.