O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criticou na manhã desta terça-feira (13/12) os atos de vandalismo cometidos por bolsonaristas em Brasília e pediu ao governo do Distrito Federal que redobre os cuidados com a segurança no local.
Leia Mais
Governo do DF afirma que irá responsabilizar bolsonaristas por vandalismoBlogueiro bolsonarista se refugia no Alvorada temendo prisão, diz advogadoSem comentar atos de Brasília, Bolsonaro participa de evento da MarinhaIdentificados 3 suspeitos de participar de atos de vandalismo em BrasíliaRandolfe pede indiciamento de Michelle em inquérito de atos bolsonaristasGleisi sobre vandalismo em Brasília: 'Bolsonaro é cúmplice'
"As manifestações fazem parte da democracia. A capital federal recebeu cidadãos de todo o Brasil que, há mais de um mês, vem se expressando de maneira ordeira", escreveu.
"Repudio veementemente a desordem, a violência e o risco à integridade física ou de patrimônio público e privado."
"Deixo meu apelo para o Governo do Distrito Federal redobrar os cuidados com a segurança. Nossa tradição democrática passa pela ordem e pela paz", complementou o presidente da Câmara.
Desordem em Brasília
Bolsonarista tentaram invadir o prédio da Polícia Federal na noite de segunda-feira (12/12) após a prisão de indígena apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A ordem foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A PF cumpriu o mandado de prisão temporária contra José Acácio Serere Xavante e o conduziu até a sede da corporação. O pedido foi da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou o indígena como um dos integrantes dos atos antidemocráticos na capital federal, atiçados por Bolsonaro.
José Acácio participou, entre outros atos, de um em frente ao hotel onde Lula está hospedado durante a transição. O local teve a segurança reforçada após o início do confronto dos bolsonaristas com a polícia, e a praça dos Três Poderes foi fechada.
Com a presença do preso no prédio da PF, apoiadores de Bolsonaro tentaram invadir o local.
Após serem repelidos pela polícia, os manifestantes foram para outras vias da cidade e atearam fogo em ao menos dois ônibus e em carros. Eles ainda depredaram postes de iluminação e tentaram derrubar um ônibus de um viaduto.
Pacheco condena os atos em Brasília
Na noite dessa segunda-feira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), condenou os atos de violência de militantes bolsonaristas nas ruas de Brasília.
Ele afirmou que a destruição foi feita por uma minoria raivosa e lembrou que a campanha eleitoral já se encerrou.
"Absurdos os atos de vandalismo registrados nesta noite, em Brasília, feitos por uma minoria raivosa", disse Pacheco em rede social.
"A depredação de bens públicos e privados, assim como o bloqueio de vias, só servem para acirrar o cenário de intolerância que impregnou parte da campanha eleitoral que se encerrou."