O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá anunciar mais nomes que vão compor seu ministério. A expectativa é que ele anuncie de uma vez só as mulheres que vão compor seu terceiro mandato, que começa em janeiro de 2023. Há uma expectativa que Lula faça novo anúncio nesta terça-feira (13/12).
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Antecipando-se às críticas, no anúncio, Lula afirmou que o seu governo terá a cara da diversidade. Na ocasião, ele também fez uma referência a Flávio Dino para rebater a crítica de que teria nomeado apenas ministros brancos. "Ele é branco?", disse ao apresentar o futuro ministro da Justiça. O presidente afirmou que Flávio Dino teria que se autodeclarar pardo, o que na classificação do IBGE entra na categoria negro (pretos e pardos).
No dia seguinte ao anúncio, Margareth Menezes foi apontada como o nome para Ministério da Cultura, que deverá ser recriado. Entre as outras mulheres cotadas, estão a deputada eleita Marina Silva (Rede/SP) para o Meio Ambiente; a senadora Simone Tebet para o Desenvolvimento, e a governadora do Ceará Izolda Cela para a Educação e Margareth Menezes para a Cultura.
O PT e Lula fizeram críticas ao quadro ministerial de Jair Bolsonaro, composto majoritariamente por homens brancos. Lula foi eleito com apoio expressivo de movimentos feministas, LGBTQIA e negros com a promessa de levar mais diversidade ao governo federal.
Marina Silva
Deputada eleita pelo Rede/SP, Marina Silva foi ex-ministra do meio ambiente e é um dos nomes mais importantes na defesa da Amazônia. A ambientalista que se afastou do PT nas eleições de 2018, foi uma aliada de primeira ordem na campanha de Lula, sendo apontada como um dos apoios que construiu ampla frente democrática responsável pela eleição do metalúrgico.
Simone Tebet
Senadora pelo MDB, foi candidata à presidência que mais se destacou na chamada terceira via. Tebet teve uma atuação de destaque na CPI da COVID-19. No segundo turno, foi uma das primeiras a declarar apoio a Lula, defendendo que a candidatura do petista resgatava a democracia no país.
Izolda Cela
Sem partido, a governadora do Ceará teria conversado com o próprio Lula por telefone sobre a possibilidade de assumir o Ministério da Educação. A participação dela na cerimônia de diplomação do presidente eleito aumentaram as apostas no nome dela. O nome dela tem respaldo no PT, além de ter participado da reformulação da educação no Estado, que apresenta ótimo desempenho nos índices de avaliação da área.
Margareth Menezes
Mulher, negra, baiana, a cantora idealizou o Movimento Cultural AfroPop. É um nome fora da política, que recebe o respaldo do movimento negro e do movimento cultural. Ela deve liderar a recriação do Ministério da Cultura, extinto no governo Bolsonaro.