O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, convidou o ex-banqueiro Gabriel Galípolo, 40, para a secretaria-executiva da pasta. Segundo pessoas próximas do ex-prefeito, Galípolo aceitou.
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Um dos conselheiros do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre mercado financeiro, Galípolo ganhou a confiança de Haddad ao participar da coordenação do plano de governo do ex-prefeito na disputa pelo estado de São Paulo, da qual ele saiu derrotado.
Galípolo chegou a organizar encontros entre Haddad e indecisos do mercado financeiro, além de ter participado de jantares com a presença de Lula.
Atualmente, ele participa do grupo de trabalho dedicado à elaboração dos planos do futuro presidente petista para a economia. O ex-banqueiro chegou a ser cotado para o comando do BNDES, mas as apostas agora estão no nome de Aloizio Mercadante.
Presidente do Banco Fator de 2017 a 2021, Galípolo já esteve em campo oposto ao PT. Seja na presidência ou na diretoria de novos negócios do banco, cadeira que ocupou de 2016 a 2017, o economista atuou na modelagem das privatizações das privatizações da
Cesp (Companhia Energética do Estado de São Paulo) e da Cedae (Companhia de Águas e Esgotos do Rio), ocorridas sob protesto de petistas.
Haddad deve anunciar alguns nomes da sua equipe no fim da tarde desta terça. A divulgação é acompanhada de perto pelo mercado, que teme pessoas mais alinhadas a uma política econômica intervencionista.
Nesta segunda, a possibilidade de o PT alterar a Lei das Estatais, permitindo que Mercadante possa ser indicado para comandar o BNDES, assim como outras nomeações políticas, derrubou a Bolsa e provocou a alta do dólar.
Investidores preocupam-se com a sustentabilidade fiscal diante de uma equipe mais favorável a aumento de gastos públicos, em um cenário em que o governo eleito já busca elevar despesas em ao menos R$ 168 bilhões via PEC (proposta de emenda à Constituição) da Gastança, em tramitação no Congresso.
Nesta terça, ata divulgada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) mostrou que o Banco Central está preocupado com o impacto de "estímulos fiscais significativos" tende a ser maior sobre a inflação do que sobre a atividade econômica em um ambiente de baixa ociosidade.