"Esse cidadão até agora não reconheceu a sua derrota, continua incentivando os ativistas fascistas que estão nas ruas se movimentando. Ontem ele recebeu esse pessoal no Palácio da Alvorada, não sei qual foi o estrago que foi feito no Palácio da Alvorada. Ele tem de saber que aquilo é patrimônio publico, não é dele, da mulher dele, do partido dele. É do povo brasileiro", afirmou Lula.
"Ou seja, ele segue o rito que todos os fascistas seguem no mundo. É importante a gente saber que eles fazem parte de uma organização de extrema-direita que não existe apenas no Brasil. Existe na Espanha, na Itália, França, nos Estados Unidos, que tem como líder o presidente Trump, existe na Hungria existe em vários outros países, inclusive na nossa querida Argentina", continuou o presidente eleito.
Dino critica bolsonaristas
Também presente no mesmo evento, o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou afirmou que os crimes políticos são de competência federal e promete providência contra os militantes que promovem atos antidemocráticos.
Sem citar nenhuma autoridade, Dino disse que muitas investigações e ações contra militantes que promovem ações antidemocráticas não estão avançando atualmente. No entanto, disse que tudo será destravado a partir do dia 1º de janeiro, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) toma posse.
"Temos feito a Polícia Federal as representações cabíveis no momento. Agora, no dai 1º de janeiro de 2023, aquilo que não pode ser feito nesses 15, 20 dias será feito. Porque não é apenas orientação política, é um imperativo da lei", afirmou Dino.
Gleisi também se posiciona
Mais cedo, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que Bolsonaro é "cúmplice" da violência.
A parlamentar criticou o fato de os manifestantes não terem sido presos e classificou os atos como "baderna" e "golpismo".
"Baderna em Brasília teve cara de esquema profissional. Muito estranho que ninguém foi preso. Bolsonaro é cúmplice. Como pode o presidente da República abrigar envolvidos? Passou da hora de desmobilizar as frentes de quartéis, não tem nada de liberdade de expressão, só golpismo", escreveu Gleisi no Twitter na manhã desta terça (13).
Uma ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), contra um indígena bolsonarista acabou em atos de violência em frente à sede da Polícia Federal e em vias de Brasília.
Com a presença do preso no prédio da PF, apoiadores de Bolsonaro tentaram invadir o local.
Após serem repelidos pela polícia, os manifestantes foram para outras vias da cidade e atearam fogo em ao menos dois ônibus e em carros. Eles ainda depredaram postes de iluminação e tentaram derrubar um ônibus de um viaduto.
O confronto também fez a Polícia Federal e a PM reforçarem a segurança no prédio onde Lula está hospedado em Brasília. Policiais do grupo de elite da PF foram enviados para o local, e a PM criou um cordão de isolamento na entrada do hotel.