O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (13/12), que decidiu concorrer às eleições deste ano por entender ser o único capaz de derrotar o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração ocorreu durante coletiva do encerramento dos trabalhos realizados pelos integrantes dos Grupos Técnicos no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
“Eu sempre sou o resultado da consciência política do povo trabalhador. Eu sempre disse isso. Sou o resultado do trabalho de vocês, se a sociedade avança, eu avanço. Se a sociedade não avança, eu não avanço. Eu, quando me determinei a ser candidato esse ano, não era porque eu me sentia melhor do que ninguém. É porque eu tinha consciência que, naquele instante histórico, só existia uma pessoa que poderia derrotar Bolsonaro, que era eu, por conta do meu legado deixado em oito anos de presidência. E, mesmo assim, depois de passar pelo que eu passei”.
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Lula ressaltou ainda assim, “não ter direito de sentar na cadeira presidencial com ressentimento”. “Foram vidas destruídas e nós estamos aqui. Estamos aqui de cabeça erguida. Tenho certeza que meus acusadores não andam de cabeça erguida como eu ando. Os que me condenaram não andam de cabeça erguida como eu ando. E eu digo isso porque depois do presente, do prêmio que o povo me deu outra vez me elegendo presidente, eu não tenho direito de sentar na cadeira com ressentimento, apenas não me peçam para esquecer”.
“Tem muita gente que fala: “Ô, presidente, esquece”. Não esqueço. E acho que nenhum de nós esquece. Eu não quero esquecer. Eu quero lembrar sempre, mas isso não está na mesa da minha governança porque não foi por isso que o povo me elegeu. O povo me elegeu para que a gente recupere a dignidade desse povo, para que a gente recupere a possibilidade dele voltar a estudar com decência, para que a gente recupere a possibilidade dele comer três vezes por dia, para que recupera a qualidade do ensino fundamental e o direito do trabalho igual entre homem e mulher. O povo nos elegeu porque lembra-se dos bons que ele viveu, do tempo que a gente governava esse país”, concluiu.