O vice-presidente da República e senador eleito, Hamilton Mourão (Republicanos), usou as redes sociais para defender as manifestações de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que contestam o resultado das eleições. Desde 31 de outubro, um dia após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), bolsonaristas protestam em todo o país. De acordo com o senador, a atitude é "legítima".
Para Mourão, as manifestações dos apoiadores do presidente são válidas. Ele afirma ainda que "muitos" tentam dizer que os atos são "antidemocráticos", mas para ele, não são.
"O clamor das manifestações a que assistimos desde a proclamação do resultado das urnas, que permaneceram sem o voto impresso e auditável, é legítimo, por mais que muitos tenham tentado classificá-lo de 'antidemocrático'", escreveu o senador eleito em seu Twitter, nesta quarta-feira (13/12).
O clamor das manifestações a que assistimos desde a proclamação do resultado das urnas, que permaneceram sem o voto impresso e auditável, é legítimo, por mais que muitos tenham tentado classificá-lo de "antidemocrático".
%u2014 General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) December 14, 2022
Manifestações bolsonaristas
Após o resultado do segundo turno, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro começaram a bloquear rodovias em forma de protesto ao resultado das eleições. Mais de um mês depois das eleições, vários bolsonaristas ainda estão protestando por uma 'intervenção militar' em frente a quartéis.
Questionamento das urnas
O PL, partido do presidente, chegou a instigar os atos ao fazer questionamentos sobre o resultado das eleições. Na ocasião, a sigla apresentou uma ação em que pedia a anulação dos votos de 279.336 urnas eletrônicas.
Diante do fato, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, multou o PL em quase R$ 23 milhões por litigância de má-fé por causa de pedido feito pela legenda para invalidar parte dos votos depositados nas urnas no segundo turno.
Eleições 2022
Lula venceu a eleição presidencial ao receber 50,9% dos votos válidos no segundo turno (60,3 milhões), contra 49,1% de Bolsonaro (58,2 milhões). O petista tomará posse no dia 1º de janeiro de 2023.