
Após um dia intenso de articulações no Plenário e nos gabinetes da Câmara dos Deputados, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) anunciou que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição será votada na manhã da próxima terça-feira (20).
“Vamos ocupar o plenário da Câmara dos Deputados na terça o dia todo com a pauta da PEC da Transição a partir das 9h. De manhã e tarde. Na terça-feira, nós estamos terminando e ultimando as conversas. Diferente do que tem sido noticiado, sem nenhum tipo de barganha, porque essa presidência nunca fez, mas acomodando votos para que se tenha o quórum necessário para enfrentar as votações principais e os destaques que possam vir do plenário”, disse o presidente da Casa.
“Vamos ocupar o plenário da Câmara dos Deputados na terça o dia todo com a pauta da PEC da Transição a partir das 9h. De manhã e tarde. Na terça-feira, nós estamos terminando e ultimando as conversas. Diferente do que tem sido noticiado, sem nenhum tipo de barganha, porque essa presidência nunca fez, mas acomodando votos para que se tenha o quórum necessário para enfrentar as votações principais e os destaques que possam vir do plenário”, disse o presidente da Casa.
Ao longo do dia, o termômetro de otimismo da cúpula petista oscilou até a aceitação de que o projeto seria de fato adiado. No começo do dia de ontem havia expectativa de votar a PEC, mas sem o avanço das negociações, a cúpula do governo eleito tentou pressionar Lira. Nos bastidores, aliados de Lula afirmaram ter dado um ultimato à Lira: ou votava a PEC da Transição ontem ou não votava mais.
A cúpula alegou que poderia conseguir as verbas necessárias para implementar as medidas pretendidas na PEC através de medidas provisórias (MP), mas aliados de partidos ao centro, como PSD e MDB, alertavam que a jogada do PT se tratava de um blefe, o que foi confirmado mais tarde.
Um aliado fora da esquerda disse que compor o Orçamento com crédito extraordinário através das MPs poderia colocar “uma faca no pescoço” de Lula, pois abre precedentes para a futura oposição protocolar processos de impeachment.
O partido do presidente eleito não conseguiu os votos necessários para aprovar o texto-base aprovado no Senado sem a apreciação de destaques. O relator da proposta, deputado Elmar Nascimento (União-BA), disse que só aceitaria votar o texto se tudo fosse apreciado na mesma noite. A base do governo eleito queria votar pelo menos a PEC original na noite de ontem.
O líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG) defendeu que o governo Lula fez um pacto com o povo brasileiro e que aprovar a PEC com as excepcionalização do teto por dois anos trará mais previsibilidade às âncoras fiscais.
“É fundamental o texto que foi aprovado no Senado, nesses dois artigos que garantem o prazo da abertura do espaço orçamentário por dois anos e o valor de 145 bilhões. Nesse sentido quero dizer que estamos animados, vamos trabalhar muito, muito diálogo até terça e espero que toda as lideranças possam manifestar”, disse.