Convidado nesta quarta-feira (14) pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Josué havia pedido tempo para pensar.
Segundo petistas, ele declinou. Josué viajou nesta sexta-feira (16) para os Estados Unidos, onde passará as festas de fim de ano. Só retornará ao Brasil no dia 6 de janeiro, após a posse de Lula.
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Antes de viajar, Josué informou sua decisão ao presidente diplomado. Filho de José Alencar, que foi vice de Lula, Josué já tinha dado sinais de que essa seria sua resposta.
Segundo interlocutores do empresário, ele havia alegado dificuldades para a definição de um sucessor no comando de suas empresas, especialmente no exterior.
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Petistas apostavam, no entanto, no poder de convencimento do presidente eleito. Nas conversas, Lula costuma exaltar a relação com o pai do empresário.
Apesar disso, Josué vinha lembrando que parte de suas empresas tem ligações com a administração pública. Ele é presidente da Coteminas, que tem empréstimos com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Ele está à frente da Fiesp desde o início de 2022 -seu mandato vai até 2025. Nos últimos meses, ele tem sofrido pressão de sindicatos que compõem a entidade, insatisfeitos com sua gestão. Nesta quinta-feira (15), Josué publicou uma convocação de uma assembleia geral extraordinária para o dia 16 de janeiro.
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Antes do encontro com Lula, ele já tinha sido procurado duas vezes por interlocutores do petista. Foi também sondado para vice na chapa, antes da articulação que levou à escolha de Geraldo Alckmin (PSB) para a função.