O deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro (PL-SP), segundo mais votado por São Paulo, atrás de Guilherme Boulos (PSOL-SP), foi vaiado vaias, mas também foi chamado de "mito" ao ser diplomado nesta segunda-feira (19/12).
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Ao todo, foram diplomados 94 deputados estaduais, 70 federais, Pontes e seus dois suplentes de chapa.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), terceira mais votada no estado e apoiadora fiel de Jair Bolsonaro (PL), não compareceu à cerimônia.
Derrotado por Tarcísio na eleição, o governador Rodrigo Garcia (PSDB), que o apoiou no segundo turno, também não compareceu.
Após o tucano lhe prometer "apoio incondicional" na campanha, Tarcísio escanteou tucanos após a eleição e vai desalojar aliados da legenda de pastas estratégicas em detrimento de nomes ligados a Gilberto Kassab (PSD) e de pessoas que trabalharam com o futuro governador em Brasília.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), estava presente na diplomação com autoridades do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo).
A cerimônia ocorre a 13 dias da posse, em 1º de janeiro. Diferentemente da diplomação presidencial, o governador eleito não faz discurso. Tarcísio está formando seu governo, e já nomeou 13 secretários.
Foram diplomados 94 deputados estaduais, 70 federais, Pontes e seus dois suplentes de chapa.
Vaiados na diplomação
Ao pegar o diploma, Mário Frias (PL), eleito deputado federal, bateu no peito e recebeu vaias de adversários e aplausos de aliados. Rosângela Moro (União Brasil), que também exercerá mandato na Câmara dos Deputados, foi vaiada. "Volta para Curitiba!", gritaram da plateia.
Diplomados
Os primeiros a receber o diploma foram Boulos e Eduardo Suplicy (PT), os mais votados na esfera federal e estadual, respectivamente.
Depois, o tribunal diplomou federações, iniciando pelos parlamentares mais votados.
Deputadas estaduais do PSOL fizeram protestos silenciosos ao receberem os diplomas. Parlamentares da bancada do Movimento Pretas levantaram uma faixa que dizia "O povo preto quer viver". Já a Bancada Feminista do PSOL levantou cartazes pedindo justiça a Felipe, que morreu durante visita de Tarcísio a Paraisópolis.
Reprovação de contas
O TRE reprovou as contas de Tarcísio e de vários deputados federais, tais como Eduardo Bolsonaro, Boulos e Celso Russomanno (Republicanos), e estaduais, como Suplicy, Tomé Abduch (Republicanos) e Vinicius Camarinha (PSDB).
A reprovação não impede a diplomação dos eleitos, que podem recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
No caso do governador eleito, técnicos do TRE-SP apontaram falhas na prestação. O valor chega a R$ 35,8 milhões, o que representa quase 100% das despesas da campanha. A Procuradoria Regional Eleitoral seguiu o tribunal e recomendou a reprovação das contas, que ainda serão julgadas.
A equipe de Tarcísio apresentou novos documentos anexados no processo, que serão analisados.