A fala vem após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes autorizar, na noite de domingo (18/12), ao relator do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), a inclusão na peça de 2023 dos gastos necessários ao pagamento do Bolsa Família de R$ 600. Com isso, ele excluiu do teto de gastos recursos para custear benefícios sociais. A medida atendeu a um pedido da Rede Sustentabilidade.
"Eu sempre jogo no plano A, que é o que dá robustez, indica um caminho", argumentou Haddad. "Vamos tomar medidas logo no começo do ano para resolver o rombo que foi herdado desse governo." Haddad pondera que há um problema generalizado na área da previdência social. "Durante o processo eleitoral retiraram os filtros do cadastro e colocaram todo mundo para frente. Isso (teve) um impacto entre R$ 16 bilhões e R$ 22 bilhões, só na previdência. Precisamos ter muita cautela com os números, porque o rombo deixado não é só no Bolsa Família."
Com a decisão do ministro Gilmar Mendes, o novo governo ganha uma nova saída para a continuação do pagamento do auxílio, que não dependa da aprovação da PEC, ainda pendente de aprovação na Câmara e em negociação por cargos na nova gestão.