O presidente Jair Bolsonaro (PL) exonerou o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. Apoiador declarado do mandatário, Vasques virou réu, em novembro, por improbidade administrativa ao pedir votos para Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais. A exoneração foi publicada na edição desta terça-feira (20/12) do Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Leia Mais
Congresso tenta manter verba de emendas de relator após decisão do STFComo decisões sobre orçamento secreto e PEC da Transição podem afetar poder político de LulaPEC da Transição: PT tenta aprovar proposta nesta terça-feira (20/12)Dino muda indicação de diretor-geral da PRF que defendeu prisão de LulaOutdoor contra mudança de Bolsonaro para condomínio é destruído Zema afirma que 'tem gente tentando evitar' expansão do metrô em BHVidente prevê que Bolsonaro ficará no poder mesmo com diplomação de LulaAs operações foram feitas, contrariando a decisão do magistrado, em cidades do interior do Nordeste, em que pesquisas eleitorais apontavam uma vantagem de votos do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ocasião, Moraes mandou interrompê-las "imediatamente". No mesmo dia, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu explicações para a PRF sobre eventuais operações.
Após a repercussão do caso e as acusações de que Vasques estaria “impedindo petistas de irem votar”, internautas recuperaram uma foto nas redes sociais do diretor, em que ele pedia votos à favor de Bolsonaro no segundo turno das eleições. A imagem foi apagada logo depois do alcance.
Réu
Em novembro, o juiz José Arthur Diniz Borges, da 8ª Vara Federal do Rio de Janeiro, aceitou uma ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques. Com isso, ele se tornou réu por improbidade administrativa.
O MPF, que pedia o afastamento de Silvinei, afirmou que ele fez uso indevido do cargo e pontuou situações durante a campanha eleitoral em que, no entendimento dos procuradores, o diretor pediu votos irregularmente para o presidente.