A estrutura ministerial da gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá com 37 pastas. O conselho político do novo governo reuniu-se, ontem, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) para discutir, além da PEC da Transição, a composição da Esplanada a partir de janeiro. O número é bem maior do que o da configuração atual, que tem 23.
“Uma composição de ministérios passa por muito diálogo, com muitos atores. Serão 37. Serão 90% da composição de cargos de 2010”, afirmou a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), após o encontro.
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Questionada sobre a demora no anúncio dos outros nomes, Eliziane Gama ressaltou que a composição do novo governo requer mais articulação. “O presidente Lula não ganhou só com um ou dois partidos, na verdade, foram 10. Chegaram mais dois no segundo turno, e agora são mais dois. Então, são 14. É uma engenharia que não é muito simples”, explicou.
A lista prévia das pastas, divulgada ontem, confirma algumas sugestões debatidas pelos GTs da transição. O atual Ministério da Economia, por exemplo, será desmembrado em quatro: Fazenda, Planejamento, Indústria e Comércio, e Gestão e Inovação. O do Trabalho, em dois: Trabalho e Previdência. Infraestrutura, por sua vez, vira Portos e Aeroportos, e Transportes.
A relação inclui, ainda, órgãos que têm ou retomarão o status de ministério, como a Advocacia-Geral da União (AGU), a Secretaria de Comunicação da Presidência e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Rui Costa destacou que as pastas foram desenhadas de modo a não elevar as despesas e sem a criação de cargos, exceto a de ministros. “Vai ter o mesmo custo. A delegação que Lula me deu foi para ampliar 37 ministérios sem elevar o custo. Apesar de alguns duvidarem disso, nós conseguimos fazer. Quero dar a boa notícia: isso já está concluído e está feito sem haver criação de cargos”, sustentou. “Fora o cargo dos ministros, toda estrutura foi feita a partir do remanejamento das estruturas existentes.” Segundo ele, cada um dos nomeados receberá um “kit ministro”, com o organograma da pasta e tudo o que precisar para atuar após a posse.