O MDB não foi comunicado da decisão. Terceira colocada na corrida presidencial, com 4,2% dos votos, Tebet se engajou na campanha de Lula durante o segundo turno.
Petistas atribuem a ela um papel relevante na atração de votos de centro para a eleição de Lula.
Nomeá-la a um ministério seria ainda uma forma de fazer jus à chamada frente ampla que Lula diz querer formar na sua gestão.
Na segunda-feira (19), Tebet conversou com a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), e reafirmou a vontade de comandar o Ministério do Desenvolvimento Social.
A senadora, no entanto, ouviu que o PT queria comandar a pasta. A justificativa de Gleisi foi a de que o novo governo foi eleito com o mote de combate à fome e não poderia prescindir do ministério que será chave nessa área. O Desenvolvimento Social será responsável, entre outras políticas, pela recriação do Bolsa Família.Na mesma conversa, Gleisi perguntou se Tebet gostaria de chefiar o Meio Ambiente, mas a senadora indicou recusar, pois não gostaria de confrontar Marina Silva (Rede-AP), principal cotada para a pasta. Marina e Tebet fizeram campanha para Lula juntas no segundo turno.
Há a expectativa de que Lula se reúna com integrantes da Rede e do MDB para definir não só a situação de Tebet, mas também a de Marina --que, por sua vez, foi eleita deputada federal por São Paulo, esteve na COP27 com o presidente eleito e já chefiou a pasta na primeira gestão petista, porém enfrenta resistência dentro do partido.
Wellington Dias foi governador por duas vezes do Piauí e eleito senador neste ano.
Também aguardam o anúncio Nísia Trindade, na Saúde, Anielle Franco, na Igualdade Racial, e Silvio Almeida, nos Direitos Humanos.