A ideia é divulgar o nome com a próxima leva de ministros, o que deve ocorrer na terça-feira (27).
O parlamentar foi um dos coordenadores do grupo técnico de Minas e Energia do gabinete de transição.
Integrantes do PT dizem que não há impedimento legal para que ele ocupe o posto --ou seja, não seria necessário alterações na Lei das Estatais para que a nomeação seja realizada.
O estatuto da Petrobras inclui a restrição a integrantes de campanhas políticas. Como mostrou o jornal Folha de S.Paulo, especialistas e conselheiros da estatal ainda não têm avaliação sobre possíveis restrições ao nome de Prates.
O economista e cientista social William Nozaki, que integrou o grupo de trabalho de Minas e Energia do gabinete de transição, é citado como um dos cotados para uma diretoria da Petrobras.
Com a ida de Prates para a estatal, o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) é o mais cotado para o Ministério de Minas e Energia.
A pasta inicialmente contemplaria o MDB. A bancada do partido no Senado, porém, abriu mão da indicação para o PSD.
Durante a transição, o futuro indicado para a Petrobras defendeu a criação de algum mecanismo que sirva como "colchão de amortecimento" para as flutuações dos preços dos combustíveis. Prates também acrescentou que a política de preços de combustíveis é "do governo", não da Petrobras.
"Quem define política de preço de qualquer coisa no país, se vai intervir ou não, se vai ser livre ou não, se vai ser internacional ou não, é o governo. O que está errado e a gente tem que desfazer de uma vez por todas é dizer que a Petrobras define política de preços de combustível. Não vai ser assim. Vai seguir a política do governo? Claro", afirmou.
Prates também disse que o novo conselho da Petrobras deve rever a política de distribuição de dividendos.