O MBL (Movimento Brasil Livre) tem informado a seus seguidores que pretende formar um partido próprio no ano que vem.
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Escolhida ministra, Luciana Santos foi condenada por improbidadeApós 2 meses, Bolsonaro faz passeio de moto na véspera do NatalApós Bolsonaro liberar indulto de Natal, MP considera 'inconstitucional'No congresso de 2021 do MBL, líderes do grupo disseram que a criação de um partido não estava no horizonte.
Em mensagens e vídeos nas últimas semanas, lideranças do grupo têm dito a seus seguidores que o MBL não pode ficar refém de partidos e que, caso já tivessem criado uma sigla própria anteriormente, os resultados teriam sido muito diferentes.
Em 2022, o MBL conseguiu eleger em São Paulo Kim Kataguiri deputado federal e Guto Zacarias, estadual, ambos do União Brasil. Outras campanhas nas quais apostavam, como as de Cristiano Beraldo e Amanda Vettorazzo, pelo mesmo partido, não tiveram sucesso.
Em vídeo enviado aos seguidores, Renan Santos, um dos fundadores do movimento, diz que a Academia MBL, plataforma de cursos pagos do grupo, será a base de formação do partido.
"Seja membro que vamos treiná-lo. Em 2023, será um currículo até diferente para que você possa ser um fundador do partido, consiga as assinaturas junto com a gente, e para que você seja um dirigente partidário e candidato. O partido da nossa geração vai surgir e você vai fazer parte disso. O filtro de treinamento na Academia é parte disso", diz Santos no vídeo.
Como mostrou a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, a frustração com o resultado das eleições também levou o grupo a discutir com mais força a possibilidade de usar o fundo eleitoral.
Alguns de seus membros já faziam internamente a defesa de aproveitar esses recursos, mas a narrativa dominante do grupo sempre foi a de que o uso de dinheiro público para fazer campanha política é imoral.
Os argumentos para passar a tirar proveito do fundo são os de que somente campanhas muito grandes nas redes sociais conseguem se sustentar financeiramente com doações, e que as eleições mostraram que as pessoas não dão muita importância para a pauta.