O governo de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já pediu a prisão de ao menos 20 apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) acampados em quartéis. A avaliação interna é de que há omissão por parte dos órgãos que deveriam coibir a atuação de atos de bolsonaristas.
Na tentativa de atentado desse sábado (24/12), por exemplo, a percepção de pessoas envolvidas na segurança de Lula é de que há uma "falha clara" por parte do Exército, a quem compete fiscalizar os chamados produtos controlados, categoria na qual se inserem os explosivos de posse de George Washington de Oliveira Sousa.
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, foi encontrada uma grande quantidade de explosivos e armamento na residência do bolsonarista.
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Nem a PF (Polícia Federal) escapa de críticas. Para auxiliares de Lula, há inércia na corporação que, após os atos de vandalismo praticados no dia da diplomação do presidente eleito, iniciou uma investigação por dano ao patrimônio e lesão a um policial, não por terrorismo.
No último dia 6, o empresário Milton Baldin teve a prisão decretada a pedido do agora indicado para delegado-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues.
Baldin foi preso no acampamento bolsonarista em Brasília dias após gravar um vídeo convocando apoiadores do presidente e em especial os CAC, que tem armas legais.