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Posse de Lula: prisão de suspeito de terrorismo aumenta tensãoFlávio Dino chama 'acampamentos patriotas' de 'incubadoras de terroristas'Gleisi sobre ameaça de empresário: 'Não podemos dar trégua pro terrorismo'Empresário preso diz que fala de Bolsonaro o incentivou a ter armasColega de bolsonarista preso diz que atentado manchou imagem de acampamentoEquipe de Lula vai ao STF por suspensão do porte de armas durante posseBolsonaro cobra informações sobre investigações de bombas em BrasíliaEm uma foto, divulgada pela própria Agência Senado, George e Alan aparecem sentados próximos, em meio ao público. Também estavam presentes Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social do Governo Federal; o deputado federal Marcel Van Hatten; a influencer Bárbara Destefani; a deputada federal Carla Zambelli; o jurista Gandra; o CEO Fernando Cerimedo; o presidente do Instituto Voto Legal, Carlos Rocha; o desembargador aposentado do TJDFT Sebastião Coelho; o desembargador aposentado do TJSP Ivan Sartori; o coordenador-geral de Repressão a Crimes Fazendários da PF, Cléo Matusiak Mazzotti; e o deputado federal Gustavo Gayer.
Na lista de presença, constam as assinaturas dos senadores Flávio Bolsonaro, Paulo Paim, Carlos Viana e Plínio Valério. O Correio apurou que a polícia legislativa sabe quem autorizou a entrada de George no Senado, mas trata a informação como sigilosa. A reportagem questionou sobre a presença de Alan Diego Rodrigues, mas não obteve resposta.
Durante a visita ao Senado Federal para participar da Comissão, imagens publicadas por Alan Diego Rodrigues nas redes sociais mostram que ele esteve junto o senador eleito Magno Malta (PL-ES) e do deputado cassado Daniel Silveira (PTB-RJ) - condenado pelo STF a oito anos e nove meses de reclusão, mas que recebeu indulto presidencial de Jair Bolsonaro. Alan também publicou um vídeo gravado dentro da Comissão do Senado.
Investigação
George está preso no Complexo Penitenciário da Papuda desde a noite desse domingo (25/12). Ele é acusado de armar uma bomba próximo ao Aeroporto de Brasília. O artefato foi encontrado no eixo de um caminhão-tanque, abastecido com 63 mil litros de querosene de aviação, e destruído pelo Esquadrão de Bombas do Batalhão de Operações Especiais (Bope).O bolsonarista foi preso na noite de sábado (24/12) pelos investigadores da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), enquanto saía do apartamento onde morava de aluguel, no Sudoeste. No imóvel, a polícia encontrou fuzil, revólveres, pistolas, mais de 2 mil munições, além de artefatos e armas brancas.
Em depoimento, George confessou que o plano inicial era explodir a bomba na subestação de energia de Taguatinga, e teria apenas entregado o explosivo a Alan Diego, que está sendo procurado pela polícia.
George disse que disponibilizaria o artefato e uma mulher, ainda não identificada, se ofereceu para transportar o material ao local indicado. No entanto, segundo o acusado, a mulher deu para trás. Foi quando surgiu Alan, que se mostrou disposto e animado com a ideia.
"Em posse dos dispositivos, eu fabriquei a bomba colocando uma banana de dinamite conectada a um acionador dentro de uma caixa de papelão, que poderia ser disparada pelo controle remoto a 50 a 60 metros de distância. Eu entreguei o artefato ao Alan e insisti que ele instalasse em um poste de energia para interromper o fornecimento de eletricidade, porque eu não concordei com a ideia de explodi-la no estacionamento do aeroporto", disse o bolsonarista, em depoimento.
A bomba foi deixada na Estrada Parque Aeroporto entre 22h de sexta-feira (23/12) e 5h de sábado (24/12). As investigações constataram que o suspeito de levar o artefato perambulou por todo esse tempo no local para encontrar o melhor local para deixar o material. George afirma que só soube, pela TV, ainda na sexta-feira, e constatou que Alan não seguiu o plano original.
Alan Diego é natural de Comodoro (MT) e trabalha como eletricista. Desde o final de novembro, o homem compartilha, nas redes sociais, os movimentos das pessoas acampadas em frente ao Quartel-General do Exército (QG). Em uma das publicações, Alan filma as palavras de ordem faladas pelo por José Acácio Serere Xavante, conhecido como cacique Tsereré e preso por atos antidemocráticos.