Zambelli seguiu determinação do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Segundo a assessoria de imprensa da parlamentar, ela não chegou a ser intimada, mas cumpriu a decisão.
Por estar com o porte de armas suspenso, a bolsonarista solicitou que os agentes fossem até sua residência para fazer a coleta. Ela disse que irá recorrer da decisão.
"Embora não tenha ocorrido a publicação oficial da decisão, Carla Zambelli procedeu com a entrega voluntária de sua pistola Taurus G3C 9 mm às autoridades policiais. A deputada federal aguarda uma rápida apreciação de seu recurso, cuja defesa se encontra a cargo dos advogados Karina Kufa e Igor Suassuna. Zambelli ressalta que o porte de arma é essencial para sua proteção, em decorrência de diversos ataques e ameaças que recebe constantemente", diz nota da assessoria da deputada.
O que o STF decidiu
Gilmar Mendes atendeu a um pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) em uma ação sobre o fato de Zambelli ter apontado uma arma contra um homem negro, em São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições.
O ministro do STF também suspendeu a autorização de porte de arma de fogo da deputada bolsonarista.
Gilmar entendeu que Zambelli extrapolou para "além dos limites da autorização de legítima defesa" e afastou a "suposta defesa da honra" alegada por ela para ir atrás do homem.
Originalmente, Zambelli deveria ter entregado a arma antes, mas disse que não conseguiria cumprir o prazo dado pelo ministro —dia 22 de dezembro— por estar em "missão oficial" no exterior até a véspera do Natal.
Segundo a Câmara dos Deputados, a parlamentar visitou o Parlamento Italiano a convite do deputado Dimitri Coin. Ela irá palestrar no encontro das "comunidades brasileiras de Portugal e Espanha, a convite do Movimento Yes Brazil e da Revista Direita BR Europa".
Os custos da viagem ainda serão detalhados no Portal da Transparência, alegou a Câmara.