(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas SENADOR POR MG

Veja quem é Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia do governo Lula

Alexandre Silveira é senador por Minas Gerais, mas não conseguiu a reeleição; no entanto, foi parte importante da campanha de Lula no estado


29/12/2022 12:41 - atualizado 29/12/2022 14:28

Alexandre Silveira
Alexandre Silveira assumirá o Ministério de Minas e Energia (foto: Reprodução/Youtube/Portal Uai)
Embora tenha integrado a área de Infraestrutura da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o senador Alexandre Silveira (PSD-MG) assumirá a partir de 1° de janeiro o Ministério de Minas e Energia. Saiba quem é o novo ministro, que teve um papel decisivo na campanha presidencial do petista em Minas Gerais.

Nascido em Belo Horizonte em julho de 1970, Alexandre Silveira fez toda a educação básica em escolas públicas e se formou em direito, se tornando delegado da Polícia Civil de Minas Geral, em 1997, por meio de concurso público. Ele também é técnico em contabilidade e trabalhou em indústrias de estofado e comércios da capital desde os 14 anos. Sua história com a política mesmo demorou um pouco mais para acontecer.
 
Isso porque, depois de atuar como delegado em várias comarcas do Estado, Alexandre Silveira foi convidado, em 2003, pelo então vice-presidente José Alencar para assumir o cargo de Coordenador Geral da 6ª Unidade de Infraestrutura Terrestre do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em Minas Gerais. Um ano depois, foi promovido ao cargo de diretor-geral. 
 
Aos 32 anos, então, tornou- se o servidor mais novo a ocupar o cargo de diretor-geral do DNIT. Seu desempenho lhe valeu um convite para disputar um cargo eletivo em 2006. Foi quando a política, de fato, entrou em sua vida. Neste ano, Alexandre Silveira foi candidato a deputado federal e conquistou a vaga na Câmara dos Deputados com quase 148 mil votos. Em 2010, disputou a reeleição e teve quase 200 mil votos, a quarta maior votação do Estado.
 
Durante seus dois mandatos, Alexandre Silveira foi presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, membro efetivo da Comissão de Constituição e Justiça e também da Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional. Já no primeiro mandato, foi membro da Mesa Diretora da Câmara.
 
Entre os vários projetos que apresentou na Câmara, o destaque é a PEC 412, que estabelece a autonomia funcional, administrativa e orçamentária da Polícia Federal, e o projeto que estabelece que candidatos a cargos proporcionais (deputados estaduais, federais e vereadores) só podem disputar dois mandatos consecutivos.
Em 2011, com o convite do então governador Antonio Anastasia, o então Senador de Minas Gerais ocupou a Secretaria de Estado de Gestão Metropolitana. À frente da pasta, coordenou e planejou o desenvolvimento e os investimentos públicos de Belo Horizonte. Ainda no governo Anastasia, foi secretário de Estado de Saúde, que é considerada uma das pastas mais importantes do Executivo mineiro. 
 
Em 2014, também a convite de Anastasia, foi o seu suplente na candidatura ao Senado. Em 2018, novamente atendendo ao chamado do senador, foi coordenador geral de sua campanha ao governo do Estado, bem como do candidato ao Senado, Rodrigo Pacheco. Com a eleição de Pacheco na presidência da Casa, recebeu o convite para ser o diretor jurídico.  
 
Em dezembro de 2021, Anastasia foi escolhido como ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Desse modo, Silveira, que era suplente, assumiu a responsabilidade. À época, ele se comprometeu a atuar, prioritariamente, em quatro grandes frentes: saúde, segurança pública, infraestrutura e municipalismo.

Infraestrutura, inclusive que ficou responsável na equipe de transição do governo Lula. O ministério, porém, será desmembrado e Márcio França (PSB), ex-governador de São Paulo, por exemplo, vai ocupar o setor de Portos e Aeroportos.
Como o Estado de Minas apontou anteriormente, o entorno de Silveira estava otimista sobre a participação dele no governo federal. Isso porque, com a nomeação de Gilberto Kassab, presidente do PSD, para o secretariado do futuro governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), a avaliação passou a ser de que Silveira despontaria como a primeira opção para a cota pessedista no Planalto.

Papel decisivo

Silveira atuou como freio para barrar tentativas do governador Romeu Zema (Novo) de atrair prefeitos mineiros à campanha de Jair Bolsonaro (PL). Durante o segundo turno, ele fez diversos contatos com prefeitos e lideranças de consórcios regionais para manter a vantagem que Lula havia conquistado em Minas no primeiro turno. O senador foi procurado pela reportagem, mas ele não quis comentar a situação. Silveira só deve se posicionar após a definição oficial de seu futuro.

Na noite de quarta-feira, Silveira fez seu discurso de despedida do Senado Federal. O parlamentar, que está no cargo desde fevereiro de 2022, destacou seu papel ativo nas negociações e sua atuação em prol do desenvolvimento social. Ele substituiu Antonio Anastasia, o titular da cadeira, indicado como ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) no começo do ano.

Discurso

Silveira não se reelegeu em outubro, mas agradeceu os votos recebidos dos mineiros. “Gratidão é a palavra que define esse momento. Gratidão especial ao povo mineiro, a cada um dos 3,6 milhões de mineiros e mineiras que confiaram em mim seu voto nessas últimas eleições. Ao meu sucessor, desejo muito sucesso e trabalho em favor desse estado que é a síntese do Brasil”, afirmou. Em seu discurso, Silveira reforçou também seu papel em negociações importantes para Minas Gerais, como a inclusão de 81 municípios com baixo nível de desenvolvimento na área da Sudene.
Apesar da curta passagem pelo Senado, Alexandre Silveira foi autor de 13 projetos de lei, como o que aumentou o Bolsa-Família para R$ 600, o que criou o 13º salário do auxílio e a lei de responsabilidade social. Ele também foi relator da PEC da Transição, aprovada em tempo recorde na Casa, e da Lei Paulo Gustavo, que destinará R$ 3,8 bilhões para investimentos na cultura.
 
O presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, comentou ontem, durante a apresentação do balanço anual de 2022, sobre a possível escolha de Silveira para o ministério. “O senador vem fazendo um bom mandato, defendendo os interesses de Minas Gerais. É o primeiro mineiro a ser apontado como ministro, o que é muito positivo. A pasta de Minas e Energia é fundamental para nosso estado. Então, ter um mineiro lá é muito relevante. Então, acredito que foi uma boa escolha e para Minas Gerais é uma escolha muito feliz”, afirmou.
 
Com Ígor Passarini e Guilherme Peixoto


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)