Lula anunciou os últimos ministros que vão participar de seu terceiro mandato durante pronunciamento no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede do governo de transição.
"Todo mundo está convidado para o ato da posse. Por favor domingo estejam aí [em Brasília], que não vai ter barulho. Não fiquem preocupados. Quem perdeu as eleições que fique quietinho. E quem ganhou tem o direito de fazer uma grande festa popular aqui em Brasília", disse.
O público total esperado pela equipe de transição no dia da posse é de 300 mil pessoas.
A fala de Lula está relacionada com as preocupações envolvendo a segurança durante a posse, após as recentes tentativas frustradas de atentado feitas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
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No sábado, um militante bolsonarista foi preso ao tentar explodir um caminhão de combustíveis próximo ao aeroporto de Brasília.
Desde então, a Polícia Federal e as forças de segurança do Distrito Federal realizaram operações, nas quais foram aprendidos explosivos e armas de grosso calibre.
Por causa das ameaças e receios de novos atos, a equipe de segurança de Lula ainda vai deixar para as vésperas da posse a decisão sobre o desfile em carro aberto.
O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, afirmou que os apoiadores de Bolsonaro que estão no quartel-general do Exército em Brasília não poderão realizar manifestações nas proximidades da Esplanada dos Ministérios no dia da posse de Lula.
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O Governo do Distrito Federal fechou planejamento que inclui recomendações que vão desde itens que não podem ser levados à Esplanada dos Ministérios, como garrafas de vidros, até a limitação de público na Praça dos Três Poderes.
A Praça dos Três Poderes terá um acesso ainda mais restrito, com público limitado a 30 mil pessoas. O local fica em frente ao Palácio do Planalto, onde ocorre a passagem da faixa presidencial.
Na manhã desta quinta, o governo do Distrito Federal e o Exército tentaram desmontar estruturas vazias no acampamento de bolsonaristas em frente ao QG na capital federal.
Bolsonaristas acampados se juntaram no local para evitar o desmonte e xingavam integrantes do governo do DF. Pedras foram atacadas, e pessoas chutaram alguns carros. A operação foi abortada logo em seguida.
Ao final do anúncio de Lula, o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que o acampamento em Brasília estava em "fase terminal".
"Nós vamos fazer uma reunião de avaliação no dia de hoje para ver exatamente quais são as novas providências tanto no sentido do acordo do entendimento como no sentido também da desocupação compulsória", disse. "O foco hoje é esse acampamento em Brasília por conta da segurança da posse presidencial".