"Todo mundo está convidado para o ato da posse. Por favor, domingo, estejam aí [em Brasília], que não vai ter barulho. Não fiquem preocupados. Quem perdeu as eleições que fique quietinho. E quem ganhou tem o direito de fazer uma grande festa popular aqui em Brasília", afirmou, na quinta-feira (29/12), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), durante o anúncio dos últimos ministros que vão compor seu governo.
Apreensões
A declaração de Lula ocorre em meio à apreensão causada pelo risco de que apoiadores do atual presidente da República e candidato derrotado no segundo turno das eleições deste ano, Jair Bolsonaro (PL), promovam cenas de badernas que desestabilizem a segurança do evento de posse.
Esse temor é precedido por situações em que houve atentados frustrados por bolsonaristas. Na véspera do Natal (24/12), por exemplo, um militante foi preso ao tentar explodir um caminhão de combustíveis próximo ao aeroporto de Brasília.
Desde então, a Polícia Federal e as forças de segurança do Distrito Federal realizaram operações, nas quais foram aprendidos explosivos e armas de grosso calibre.
Segurança
Diante das ameaças e do receio de que opositores promovam novos atos, a equipe de segurança de Lula ainda vai deixar para as vésperas da posse a decisão sobre o desfile em carro aberto.
Para acompanhar a posse, o Governo do Distrito Federal limitará quais objetos poderão ser levados à Esplanada dos Ministérios. Armas brancas ou objetos pontiagudos, garrafas de vidro e latas, hastes de bandeiras e espetos de churrasquinhos são exemplos de itens proibidos.
Enquanto a equipe de transição estima que o dia da posse atraia 300 mil pessoas à esplanada, a Praça dos Três Poderes terá um acesso ainda mais restrito, com público limitado a 30 mil pessoas.