A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, disse, nesta sexta-feira (30/12), que estão em curso tentativas de "desmobilização" do comparecimento popular à posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 1° de janeiro. A dirigente não quis revelar quem vai entregar a faixa presidencial a Lula e prometeu uma "surpresa" no momento.
Uma alternativa terá de ser encontrada para repassar o adereço ao petista, uma vez que o atual ocupante do cargo, Jair Bolsonaro (PL), viajou para Miami, nos Estados Unidos. O vice, Hamilton Mourão (Republicanos), já avisou que não vai participar do evento em Brasília (DF).
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A presidente do PT, contudo, explicou que esse é um processo inerente a todos os eventos públicos do partido. "A segurança vai estar bem reforçada", assegurou, afirmando que a decisão sobre Lula desfilar, ou não, em carro aberto será tomada no dia 1°.
Prisões são 'pedagógicas'
Para Gleisi Hoffmann, que concilia os trabalhos à frente do PT com mandato de deputada federal pelo Paraná, as recentes prisões de bolsonaristas suspeitos de incitação à violência podem contribuir para pacificar o ambiente. Ontem, policiais federais e militares deflagraram, em Brasília, operação para prender suspeitos da tentativa de invasão à sede da PF, em 12 de dezembro.
"Isso (as prisões) é muito importante. É pedagógico. Mostra que não vai ter condescendência com esse tipo de atitude", pontuou.
No sábado (24), o empresário bolsonarista George Washington de Oliveira também foi preso na capital federal. Ele é acusado de tentar explodir um caminhão nos arredores do Aeroporto de Brasília.