A ida de Quintão para um posto no segundo escalão do setor de Desenvolvimento Social foi adiantada ontem pelo Estado de Minas. Ele chegou a ser cotado, inclusive, para comandar o ministério no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Assistente social e sociólogo, Quintão atuou no grupo de trabalho montado pelo gabinete de transição para debater temas ligados ao combate à fome. O comitê foi coordenado pela senadora Simone Tebet (MDB-MS), escolhida para o Ministério do Planejamento.
Em novembro, Quintão falou ao EM sobre os desafios de Lula na área social. À época, ele defendeu a necessidade de “reconstruir” as políticas públicas de apoio aos socioeconomicamente vulneráveis.
"O governo federal desconsiderou algumas conquistas, em políticas públicas, muito importantes, como o CadÚnico. O processo do CadÚnico foi muito importante em determinado período do Brasil. Ele é a base de informações para as políticas públicas. É um aspecto de política pública que o governo federal desconsiderou", criticou, à época.
Na Assembleia Legislativa, Quintão é o líder da coalizão de deputados que fazem oposição ao governo de Romeu Zema (Novo). Ele não tentou a reeleição pois se candidatou a vice-governador na chapa de Alexandre Kalil (PSD), que acabou derrotada.
O mandato dos deputados estaduais termina em fevereiro. Para assumir o cargo no governo federal já em janeiro, Quintão terá de renunciar ao assento parlamentar. Parte dos servidores do gabinete dele já foram exonerados a fim de facilitar a mudança.