"O governo que ora termina, ao longo de quatro anos, fez entregas significativas na economia, no avanço da digitalização da gestão pública, na regulamentação da tecnologia da informação, na privatização de estatais, na liberalização da economia, promovendo também uma eficaz e silenciosa reforma administrativa, não recompletando vagas disponibilizadas por aposentadoria, além da renovação de nosso modelo previdenciário, também potencializando o agronegócio e vários campos do conhecimento humano", iniciou ele, em pronunciamento feito em rádio e TV.
Mourão também considerou que o governo Bolsonaro fez um bom trabalho durante a pandemia de COVID-19, iniciada em março de 2020. Segundo dados do Ministério da Saúde, 36.331.281 pessoas foram infectadas no Brasil, com 693.853 mortes.
"Juntos, trabalhamos duramente contra a pandemia, auxiliando os mais necessitados, apoiando as empresas na manutenção dos salários dos empregados e desonerando suas folhas de pagamento. Apoiamos governos estaduais e municipais com recursos, médicos e medicamentos, independentemente da posição política ou ideológica dos chefes do Executivo, permitindo que seus governos os direcionassem para as áreas onde aquela administração achasse conveniente", também afirmou.
Posteriormente, Mourão disse que o próximo governo terá um "país equilibrado". "Trabalhamos e entregamos para o próximo governo um país livre de práticas sistemáticas de corrupção, em ascensão econômica e com as contas públicas equilibradas".
Bolsonaro
A ação de Bolsonaro faz parte de seu recolhimento após o resultado da eleição presidencial de 2022, em outubro. Ele não foi reeleito e perdeu para Lula (PT), que teve 50,90% dos votos válidos e toma posse como presidente da República neste domingo (1º/1). O novo vice-presidente será Geraldo Alckmin (PSB).
Desde que foi derrotado, Bolsonaro evitou aparições e outros atos públicos. Nessa sexta-feira (30/12), o ainda presidente fez uma transmissão ao vivo nas redes sociais e disse que buscou uma saída da Presidência da República que respeitasse a Constituição Federal.
"Está prevista a posse dia primeiro de janeiro. Eu busquei dentro das quatro linhas, dentro das leis, respeitando a Constituição, uma saída para isso aí. Se tinha uma alternativa para isso, se a gente podia questionar alguma coisa, tudo dentro das quatro linhas. Eu sei que muita gente me critica quando eu falo quatro linhas da Constituição. Eu não saí, em quatro anos de mandato meu, das quatro linhas. Ou vivemos em uma democracia ou não vivemos", afirmou na live.
Mourão
Eleito vice-presidente em 2018 na chapa com Bolsonaro, Mourão disputou o Senado em 2022 e venceu. Ele teve 44,11% dos votos válidos - 2.593.294 votos e será senador pelos próximos oito anos.