"Destaco que a partir do dia 1º de janeiro de 2023 mudaremos de governo, mas não de regime. Manteremos nosso caráter democrático, com poderes equilibrados e harmônicos, alternância política pelo sufrágio universal, pessoal, intransferível, secreto, buscando sempre a maior transparência e confiabilidade”, afirmou Mourão em pronunciamento realizado neste sábado (31/12).
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Eduardo Bolsonaro e apoiadores criticam pronunciamento de MourãoMourão: 'Alternância do poder em uma democracia é saudável'Mourão faz balanço positivo sobre governo Bolsonaro: 'País equilibrado'Lula chegou com espírito de revanche, diz MourãoQuais serão os desafios de Ana Moser à frente do Ministério do EsporteMourão ressaltou, sem citar o nome de Bolsonaro, que o silêncio e a inação de lideranças políticas frente aos pedidos dos apoiadores ajudaram a criar um clima caótico e desarmonioso na sociedade.
"Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de país deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social", lamentou.
Presidência
Mourão fez o pronunciamento no lugar do presidente Jair Bolsonaro (PL), que deixou o Brasil e vai passar o Réveillon em Orlando, cidade da Flórida, nos Estados Unidos.
A ação de Bolsonaro faz parte de seu recolhimento após o resultado da eleição presidencial de 2022, em outubro. Ele não foi reeleito e perdeu para Lula (PT), que teve 50,90% dos votos válidos e toma posse como presidente da República neste domingo (1º/1). O novo vice-presidente será Geraldo Alckmin (PSB).
Desde que foi derrotado, Bolsonaro evitou aparições e outros atos públicos. Nessa sexta-feira (30/12), o ainda presidente fez uma transmissão ao vivo nas redes sociais e disse que buscou uma saída da Presidência da República que respeitasse a Constituição Federal.
"Está prevista a posse dia primeiro de janeiro. Eu busquei dentro das quatro linhas, dentro das leis, respeitando a Constituição, uma saída para isso aí. Se tinha uma alternativa para isso, se a gente podia questionar alguma coisa, tudo dentro das quatro linhas. Eu sei que muita gente me critica quando eu falo quatro linhas da Constituição. Eu não saí, em quatro anos de mandato meu, das quatro linhas. Ou vivemos em uma democracia ou não vivemos", afirmou na live.
Mourão
Eleito vice-presidente em 2018 na chapa com Bolsonaro, Mourão disputou o Senado em 2022 e venceu. Ele teve 44,11% dos votos válidos - 2.593.294 votos e será senador pelos próximos oito anos.