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Estado de Minas POSSE PRESIDENCIAL

Cerimônia de posse de Lula quebrou tradições; veja mudanças

Da chegada no Congresso à entrega da faixa, a posse de Lula foi marcada por momentos que quebraram protocolos e fizeram da cerimônia um episódio histórico


02/01/2023 09:02 - atualizado 02/01/2023 09:32

Lula, Janja, Alckmin e Lu Alckmin em posse presidencial
Desfile em carro aberto contou Lula, Janja, esposa de Lula, o vice, Alckmin, e a esposa do vice, Lu Alckmin (foto: Carl de Souza/AFP)
Do "causo" sobre a caneta usada na assinatura da posse à presença inédita de uma cachorrinha na rampa do Palácio do Planalto, a cerimônia de investidura de Luiz Inácio Lula da Silva subverteu a tradição.
 
Já no primeiro ato oficial - o desfile em carro aberto da Catedral Metropolitana ao Congresso Nacional -, o protocolo foi quebrado: o vice, Geraldo Alckmin, e a mulher dele, Luciana, acompanharam o cortejo de dentro do Rolls-Royce, dividindo o espaço com o presidente e a esposa, Janja. O esperado era que o casal Alckmin seguisse o cortejo em outro carro.

No desembarque no Congresso, mais uma inovação. O presidente e o vice convidaram as esposas para subirem a rampa primeiro. Com um número recorde de ministras - 11 -, Lula tem enfatizado a importância da valorização da mulher brasileira, um tema ao qual voltou no discurso no parlatório do Palácio do Planalto, e o gesto simbolizou como ele e Alckmin pretendem governar.

Ao assinar o termo de posse, documento que o formaliza como presidente, Lula pediu a palavra e disse que usaria uma caneta com valor sentimental, e não a disponibilizada pelo Congresso. O presidente, então, contou que o objeto lhe foi presenteado por um apoiador na primeira vez que concorreu à Presidência, em 1989, após um comício no Piauí.
 
 

"Eu estou vendo aqui o ex-governador do Piauí, companheiro Wellington (Dias), eu queria contar uma história. Em 1989, eu estava fazendo comício no Piauí. Foi um grande comício, depois fomos caminhar até a igreja São Benedito. Ao terminar, um cidadão me deu essa caneta e disse que era para eu assinar a posse, se eu ganhasse as eleições de 1989", contou. Em 2003 e 2011, Lula usou a caneta oferecida pelo Congresso. Porém, afirmou que encontrou o presente recentemente e decidiu que era hora de usá-lo.

Faixa presidencial 


A cena mais esperada da posse foi também a mais inovadora. Como o antecessor, Jair Bolsonaro, se recusou a passar a faixa presidencial, Lula a recebeu das mãos de cidadãos brasileiros que representaram a diversidade.
 
 
O cacique Raoni Metuktire, 90 anos; o metalúrgico e rapper Weslley Rocha, 36; o professor Murilo de Quadros Jesus, 28; o estudante negro Francisco Carlos Nascimento e Silva, 10; a cozinheira Jussimara Fausto dos Santos; o artesão Flávio Pereira, 50, e o ativista anticapacitista Ivan Baron, 24, seguraram o objeto, colocado no peito do presidente pela catadora de recicláveis Aline Sousa, 33. 


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