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Combate à inflação
Na ocasião, o ministro fez críticas ao rombo de cerca de R$ 300 bilhões, deixado pelo governo antecessor, apontado pela equipe de transição.
"Não aceitaremos um resultado primário que não seja melhor do que os absurdos R$ 220 bilhões de deficit previstos no Orçamento para 2023", disse Haddad, que afirmou ainda que, além de trabalhar com ênfase na recuperação das contas públicas, é preciso combater a inflação.
"É preciso fazer o Brasil voltar a crescer com sustentabilidade e responsabilidade. Mas, principalmente, com prioridade social. Com geração de empregos, oportunidade, renda, salários dignos, comida na mesa e preços mais justos", acrescentou.
O petista afirmou ainda que o diálogo é a maior ferramenta da política, e o melhor caminho para encontrar o denominador comum dos anseios da população brasileira e do mercado.
"Não existe política fiscal ou monetária isoladamente. O que existe é política econômica, que precisa estar harmonizada ou o Brasil não se recuperará da tragédia do governo Bolsonaro. Essa harmonização acontecerá em nossa gestão frente ao Ministério da Fazenda. Podem ter a mais absoluta certeza."
Carreira
Haddad, que já foi prefeito de São Paulo, ocupou o cargo de ministro da Educação de 2005 até 2012, durante os governos de Lula e Dilma Rousseff (PT). Graduado em direito, mestre em economia e doutor em filosofia, ele é também professor de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP).
Derrotado pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL na época) durante o pleito de 2018, Haddad já foi também analista de investimento e consultor econômico da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e Subsecretário de Finanças da prefeitura de São Paulo.
Haddad foi o primeiro ministro a tomar posse. Logo depois dele, às 10h30 de hoje, será a vez do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Flávio Dino, da Justiça e Segurança, será empossado às 14h30 também desta segunda-feira.