A artista Margareth Menezes, de 60 anos, foi empossada na noite desta segunda-feira (2) como ministra da Cultura do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República.
Em clima de festa, a ministra assumiu o compromisso de reconstrução do ministério, celebrou suas raízes afro-indígenas, cantou no teatro do Museu Nacional da República e relembrou o "Love, Love, Love" de Pelé.
"Quem extinguiu o MinC sabe da nossa importância. Combate-se a cultura quando se quer um país calado, obediente", disse. "Houve resistência e ninguém soltou a mão de ninguém", afirmou ainda, ao lembrar o impacto tanto da pandemia quanto do governo de Jair Bolsonaro para o setor.
Além de assinar o termo de posse, ela ainda anunciou que nomes como Maria Marighella e Zulu Araújo farão parte de sua gestão.
Menezes agradeceu parlamentares que colocaram de pé as leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc, e relembrou a morte dos dois artistas que deram nome aos mecanismos de incentivo ao setor.
Ela também afirmou que o caminho que ela trilha na reconstrução do ministério é fruto do trabalho de Gilberto Gil e Juca Ferreira a frente da pasta nos governos de Lula. "Vencemos. O MinC está de volta. O Brasil que queremos está de volta", disse.
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O evento acontece no Museu Nacional da República, mesmo espaço que recebe a exposição "Brasil Futuro: As Formas da Democracia".
Ela é parte da programação cultural da posse do presidente Lula, que teve ainda uma série de shows no dia 1º de janeiro com nomes como Pabllo Vittar, Martinho da Vila e Chico César.
A própria Menezes participou do show de BaianaSystem, e em seu primeiro ato público no governo atual cantou a emblemática "Faraó" e foi aplaudida pela plateia.
Após assinar a posse, a cantora foi a um palco na área externa do museu cantar e agradecer o público, que formou uma grande fila para assistir à cerimônia.