O presidente do PT de São Paulo, Luiz Marinho, 63, tomou posse nesta terça-feira (3) no Ministério do Trabalho do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Marinho anunciou ainda que irá regulamentar os aplicativos "para assegurar padrões civilizados de utilização dessas ferramentas". O ministro afirmou que os trabalhadores de aplicativos devem ter saúde, segurança e proteção social.
O novo ministro defendeu sindicatos fortes e com capacidade de financiamento. "Quero declarar que iremos em pouco tempo, por meio do dialogo tripartite e do Congresso, construir legislação que modernize o sistema sindical", disse.
"Esse será um ministério comprometido com a valorização do diálogo social e da negociação coletiva", completou.
Ele afirmou que a pasta irá reforçar inspeções de trabalho, reinstalar conselhos e promover igualdade de trabalho e remuneração para homens e mulheres e negros e brancos.
Numa exceção nas cerimônias de posse dos ministros de Lula, o ex-ministro do Trabalho e Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PL) estava presente para transmitir o cargo ao sucessor. José Carlos Oliveira sentou-se ao lado de Marinho na mesa e discursou.
O ex-ministro, que é servidor de carreira da Previdência, disse estar muito orgulhoso de passar o cargo a Marinho, a quem descreveu como uma pessoa "muito querida pelo presidente Lula". "Tenho certeza de que vai fazer muito pelos trabalhadores brasileiros".
"Deus vai iluminar você e dar força para que vença obstáculos e entregue à sociedade. E pode contar comigo", completou.
Marinho agradeceu a presença de Oliveira. "Infelizmente, nem todos os ministros do governo que se encerra tiveram a hombridade de transmitir o cargo que vossa excelência teve", disse.
Em seguida, porém, no início de sua fala, Marinho criticou o governo Bolsonaro ao mencionar um "quadro de desmonte das políticas públicas e do Orçamento em todos os ministérios".
Uma série de representantes sindicais estavam presentes, incluindo Sergio Nobre, presidente da CUT; Antônio Neto (PDT), presidente da CSB; Ricardo Patah, presidente da UGT; Miguel Torres, presidente da Força Sindical.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, acompanharam a cerimônia, assim como o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante (PT), e a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano.
Gleisi foi bastante aplaudida quando afirmou que Marinho terá o "desafio de conduzir a revisão da reforma trabalhista para que a gente possa corrigir os erros e modernizar a legislação".
Também estavam presentes os ministros do (Tribunal Superior do Trabalho) Lelio Bentes Corrêa e do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski.
No evento, Chico Macena foi nomeado secretário executivo da pasta.
Marinho já chefiou as pastas do Trabalho e da Previdência nos governos anteriores de Lula. Também foi deputado federal e prefeito de São Bernardo do Campo (SP), berço do PT. Em 2018, o petista concorreu ao Governo de São Paulo, mas não se elegeu.