Jornal Estado de Minas

POLÍCIA FEDERAL

Carla Zambelli vê como 'invasiva' operação da PF contra ela

A Polícia Federal fez buscas na casa da deputada Carla Zambelli (PL-SP), nesta terça-feira (3/1), com o objetivo de apreender possíveis armas em posse da parlamentar.


A medida foi autorizada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da polícia e da Procuradoria-Geral da República (PGR).





A decisão se aplicou a quatro armas da deputada. Ela entregou uma, mas a PF teria identificado outras e informou isso nos autos do processo.

 


Em nota, a assessoria da parlamentar disse que ela tomou conhecimento da decisão de busca e apreensão determinada pelo STF "para fins de recolhimento de armas para defesa pessoal que estavam em sua residência".


Afirmou ainda que "chama a atenção que mesmo a deputada Zambelli tendo cumprido integralmente a decisão anterior, de forma voluntária, o STF tenha determinado uma medida ainda mais invasiva em seus endereços".


"É preciso informar que o recurso apresentado pela defesa da deputada não foi sequer apreciado, mesmo tendo sido protocolado antes do novo pedido de busca e apreensão da PGR", diz a nota.





A assessoria acrescentou que Zambelli cooperou, "como sempre fará, com as autoridades policiais para o cumprimento da decisão". "Caso qualquer atentado à vida da deputada, agora desprotegida, aconteça, já sabemos o responsável", afirmou.

Contexto

 

 

A operação na casa de Zambelli ocorre em meio às investigações que começaram após Zambelli empunhar uma arma na direção de um homem negro em São Paulo (SP). O caso aconteceu em 29 de outubro, véspera da eleição presidencial vencida por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ante Jair Bolsonaro (PL), aliado da deputada.

 

Zambelli disse ter sido ameaçada pelo rapaz, que refutou a acusação.