O deputado federal André Janones (Avante-MG) disse, nesta quarta-feira (4/1), que vai lançar um livro sobre a tática utilizada por ele na internet. A obra, segundo o parlamentar, vai se chamar "Janonismo Cultural". A expressão foi cunhada na web para se referir à forma como o político, apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lida, nas redes sociais, com aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Após fala de Lupi, Rui e Padilha negam revisão de Reforma da PrevidênciaMinistro, Alckmin critica 'descaso' de Bolsonaro e prega reindustrializaçãoLula convoca os 37 ministros para primeira reunião no PlanaltoMarina Silva condiciona desmatamento zero a Nobel da Paz a Lula"Não comprem nenhum (dos três livros). Guardem a grana pra comprar o "Janonismo Cultural", que estou terminando de escrever e será lançado em março pela Editora Record", escreveu o deputado.
No ano passado, Janones chegou a mandar fazer camisetas contendo o termo "Janonismo Cultural". Depois da explosão nas redes, ele assumiu a expressão e passou a utilizá-la.
Entenda o 'Janonismo Cultural'
Janones trabalhava para viabilizar uma candidatura própria a presidente quando resolveu abrir mão da ideia e apoiar Lula. Durante a campanha, atuou como uma espécie de "soldado digital" do petista. Nas redes, o deputado se refere a Bolsonaro com palavras fortes, como "vagabundo". Ele aproveita o alcance para difundir também materiais negativos sobre o ex-presidente.Em outubro, ele explicou ao Estado de Minas a tática adotada nas redes.
"A gente precisava criar uma maior proximidade de Lula com seu eleitorado e também lutar com as armas deles (apoiadores de Bolsonaro). De forma ética, tentando evitar a divulgação de notícias falsas, mas utilizando as mesmas armas deles, com técnicas de guerrilha. Conseguimos desempenhar isso bem no primeiro turno", ponderou, à época.
A estratégia de Janones, de fato, seguiu alguns pilares vistos em publicações bolsonaristas. Ao longo do período eleitoral, utilizou palavras como "urgente" e "exclusivo" para chamar atenção dos internautas, mas recorre ao futuro do pretérito por meio de expressões como "estaria" e "poderia" para deixar no ar pontos sobre Bolsonaro, sem cravar afirmações e, assim, dar brechas a ações judiciais.