"Boiadas passaram no lugar onde deveriam passar apenas políticas de proteção ambiental. O estrago não foi maior porque as organizações da sociedade e os servidores públicos, vários parlamentares que se colocaram à frente de todo esse processo de desmonte e, sobretudo, servidores públicos e também setores do Judiciário, junto a uma sociedade corajosa, se colocaram à frente como verdadeiros anteparos da resistência da luta ambiental brasileira", disse, durante a posse.
Salles usou o termo durante uma reunião ministerial de maio de 2020. Na ocasião, o então ministro do Meio Ambiente defendeu mudanças regulamentares enquanto o foco, naquele momento, estava no combate à pandemia de COVID-19, que teve início em março daquele ano.
"É preciso um esforço nosso aqui enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de COVID e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas. De IPHAN, de Ministério da Agricultura, de ministério de Meio Ambiente, de ministério disso, de ministério daquilo... Agora é hora de unir esforços para dar de baciada a simplificação, é de regulatório que nós precisamos, em todos os aspectos", disse Salles, à época.
Marina Silva
Marina Silva foi empossada ministra do Meio Ambiente nesta quarta. Ela substitui Joaquim Leite no cargo, que foi o ministro do ex-presidente Bolsonaro ao fim de 2022.
A atual ministra já atuou no posto de 2003 a 2008, quando também chefiou o Meio Ambiente em dois mandatos de Lula - 2003 a 2006 e 2007 a 2010. Em 2022, Marina Silva também foi eleita deputada federal por São Paulo.