“Em uma conversa que tive com o presidente (Lula), ele me entregou um envelope. E ele disse para mim: ‘Não abra agora! Passe um Natal tranquilo com a família. E na segunda-feira nós conversamos.’ E na segunda vez que ele puxou o assunto, eu falei: ‘Presidente, agora fiquei curiosa’. E na hora que eu abri o envelope, estava lá ‘Ministério do Planejamento e Orçamento’”, disse.
Tebet afirmou que, no momento em que recebeu o convite, apesar de se sentir agradecida, também pensou em questionar a decisão do petista, já que os dois têm discordâncias em relação às medidas econômicas a serem tomadas em prol do Brasil. No entanto, de acordo com a nova ministra, Lula ressaltou que ele precisava de quem pensava diferente dele para compor o novo governo.
“Quando eu abri a minha boca para agradecer e dizer ao presidente que eu achava que havia algum equívoco, porque disse a ele: ‘Presidente, nesta pauta nós temos divergências econômicas’. Ele simplesmente me ignorou e disse: ‘É isso que eu quero como presidente democrata e um presidente democrata não quer apenas os iguais, quer os diferentes para somar, porque é assim que se constrói uma nação soberana, igual, justa e para todos’”, contou.
Terceira colocada na eleição presidencial, Simone Tebet declarou apoio a Lula no segundo turno da disputa, sendo peça essencial para que o petista pudesse derrotar Jair Bolsonaro (PL). Ela aceitou ser ministra do Planejamento no final do mês de dezembro do ano passado, após ser cotada para diversas outras pastas do governo.