A decisão se deu em meio a uma disputa interna do partido. Uma ala minoritária, que compõe o grupo Resistência, tentava emplacar o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) para a função.
A escolha do novo líder se deu por unanimidade, após acordo entre as duas alas da bancada.
Zeca Dirceu é filho do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, um dos homens fortes do PT durante os primeiros governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. No Lula 3, ele perdeu influência e segue sem cargo.
Durante o governo Jair Bolsonaro (PL), entrou em evidência após chamar o ex-ministro da Economia Paulo Guedes de "tchuchuca" com banqueiros, durante discussão sobre a reforma da Previdência.
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A decisão da bancada do PT reforça o grupo CNB (Construindo um Novo Brasil), ala majoritária no partido, que negociou com as demais frentes petistas para ter o direito de se manter na liderança da sigla na Câmara pelos dois primeiros anos do governo Lula.
Tradicionalmente, a liderança é alternada entre as alas petistas a cada ano.
O objetivo, segundo parlamentares ouvidos pela reportagem, é dar uma maior margem para o CNB negociar espaço na Mesa Diretora em 2025.
O acordo fechado nesta quinta prevê que Zeca Dirceu será o líder em 2023, seguido por Odair Cunha (2024), Lindbergh Farias (2025) e Pedro Uczai (2026).
Os dois primeiros são do CNB, e os dois últimos compõem o grupo Resistência.
A deputada Maria do Rosário ficará com o cargo que o PT tiver na Mesa Diretora que será definida em fevereiro.
Hoje, líderes petistas estão dispostos a negociar para que o Republicanos fique com a primeira vice-presidência da Mesa.
A ideia é abrir o espaço para o presidente do partido, Marcos Pereira (SP), como um incentivo para que o partido majoritariamente evangélico se junte à base do governo no primeiro ano de gestão.