“Cada ministro tem que ter a paciência e a grandeza de atender bem cada deputado e deputada, senador ou senadora. Senão, quando a gente vai pedir um voto, eles vão dizer: não, pois fui no ministério e nem me receberam. Eu não quero isso”, disse.
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“Não tem veto ideológico para conversar e não tem assunto proibido em se tratando de coisas boas para o povo brasileiro. Então, eu quero que vocês saibam que vocês contem comigo porque eu tenho consciência que não é o Lira que precisa de mim, é o governo que precisa da boa vontade da presidência da Câmara. Não é o Pacheco que precisa de mim, é governo que precisa de um bom relacionamento com o Senado. E assim nós vamos governar esses quatro anos", afirmou Lula.
A declaração do presidente Lula tem um tom de preocupação. O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e oposição declarada à atual gestão, fez a maior bancada da Câmara dos Deputados e do Senado. Só na Câmara, a sigla elegeu 99 deputados; no Senado, 13 cadeiras são destinadas ao PL. Foi esta a razão pela qual o PT precisou se articular com partidos do chamado Centrão, tais como União Brasil e MDB, para fazer frente às grandes bancadas da oposição no Congresso Nacional.
Essa é a primeira reunião ministerial do novo governo Lula. O encontro, que acontece na manhã desta sexta-feira (06/01) no Palácio do Planalto, deve discutir as conclusões tiradas pela coordenação de transição, liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), em relação ao governo Jair Bolsonaro (PL).
A reunião, que começou aproximadamente às 10h30, tem previsão de terminar no início da tarde. Somente os pronunciamentos de Lula e Alckmin foram transmitidos pela imprensa. O conteúdo da reunião será discutido a portas fechadas.