O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, que será comemorado em 21 de março.
O projeto é de novembro de 2015 e assinado pelo deputado Vicente Paulo da Silva (PT).
Vinte e um de março é o Dia Internacional contra a Discriminação Racial. A data foi proclamada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1966. Em 1960, 69 pessoas foram vítimas do massacre de Sharpeville, bairro negro da cidade de Johanesburgo, na África do Sul.
O candomblé surgiu no continente africano, na região onde hoje se situa a República Federal da Nigéria, e acompanhou as inúmeras levas de escravos que aportaram o solo brasileiro no século XVI.
A religião é a prática das crenças africanas trazidas para o Brasil pelas pessoas escravizadas. Portanto, não é uma religião africana e, sim, afro-brasileira.
Proibida e discriminada por séculos, com seus praticantes tendo sofrido prisões e perseguições, a religião até hoje é alvo de diversos preconceitos e intolerâncias religiosas.
Primeira-dama
A primeira-dama, Janja, mulher do presidente Lula, foi criticada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro por ser praticante do candomblé. Para Michelle, a atual primeira-dama fazia pacto com o diabo.
Ao ser questionada sobre o assunto em entrevista ao "Fantastico", Janja afirmou que “não se diminuiu”.
“Ter sido atacada por conta disso não me diminui. Pelo contrário, eu acho que ser ligada a uma religião de matriz africana só me dá orgulho. Talvez isso represente um pouco do que são os brasileiros e as brasileiras. Eu sou aquela pessoa que se emociona na missa, com a fala do padre, e também com o tambor. Também me emociono com um hino de louvor a Deus. E muitas pessoas disseram para mim: ‘Você precisa apagar aquela foto’. Tem uma foto minha no Instagram com algumas imagens de orixás. Eu não vou apagar. Aquilo também me representa", declarou.
“Ter sido atacada por conta disso não me diminui. Pelo contrário, eu acho que ser ligada a uma religião de matriz africana só me dá orgulho. Talvez isso represente um pouco do que são os brasileiros e as brasileiras. Eu sou aquela pessoa que se emociona na missa, com a fala do padre, e também com o tambor. Também me emociono com um hino de louvor a Deus. E muitas pessoas disseram para mim: ‘Você precisa apagar aquela foto’. Tem uma foto minha no Instagram com algumas imagens de orixás. Eu não vou apagar. Aquilo também me representa", declarou.